Visão da 38ª rodada: ‘Palmeiras absoluto e alívio dos cariocas’
Verdão vence de novo e quebra recordes. São Paulo não consegue a vaga direta para a fase de grupos da Liberta. Na luta contra a degola, Flu e Vasco se livram. Coelho e Sport caem
Cerimônia de premiação, troféu erguido, festa da torcida... Com o decacampeonato nacional garantido matematicamente, competia ao Palmeiras entrar em campo contra o já rebaixado Vitória no duelo do melhor ataque contra a pior defesa para quebrar mais um importante recorde: superar a campanha feita pelo Corinthians na primeira metade do Brasileiro-2017, quando o Alvinegro estabeleceu o melhor turno da história dos pontos corridos com 20 clubes. Com o triunfo de ontem sobre os baianos, o Verdão igualou os 47 pontos, mas no critério de desempate, seguinte, saldo de gols, levou a melhor: 24 a 23. O triunfo por 3 a 2 ainda tornou o Palmeiras o dono da maior sequência de vitórias como mandante na história dos pontos corridos.
Mas a última rodada também estava reservada para disputas no G6 e no Z4. No sábado, o Flamengo não conseguiu fazer a despedida que Lucas Paquetá - a caminho do Milan (ITA) - tanto esperava. Derrota por 2 a 1 em um Maracanã lotado e que marcou o maior público pagante deste Brasileirão. Só que de nada adiantou a vitória do Furacão. O time paranaense não entrou na fase preliminar da Libertadores, graças ao triunfo do Galo sobre o Botafogo.
Na luta entre Grêmio e São Paulo pela última vaga na fase de grupos da Libertadores, os gaúchos fizeram o dever de casa contra o Corinthians e ainda contaram com a incompetência são-paulina nas últimas duas rodadas – empate com o Sport e derrota para a Chapecoense, que se livrou heroicamente do descenso. Desde que subiu à elite do futebol brasileiro, os catarinenses jamais amargaram uma queda.
Aliás, falando na luta contra a degola, um leque de possibilidades e combinações mexeu com as emoções nas arquibancadas. No Maracanã, o Fluminense passou por maus bocados contra o América-MG, que perdeu pênalti com Luan e um gol na cara do goleiro Júlio César. O tento de Richard acalmou os ânimos e selou a queda do Coelho para a Série B. No Castelão, o Vasco precisava suportar a pressão do Ceará até o fim graças à vitória do Sport por 2 a 1 sobre o Santos. A equipe de Alberto Valentim se fechou bem, teve uma chance clara de gol desperdiçada pelo garoto Marrony, mas conquistou o tão sonhado empate que o livrou de um novo rebaixamento. Alívio da sofrida torcida vascaína.
Sem pretensões na rodada, o Peixe – com um time mesclado – até fez jogo duro na Ilha do Retiro, mas acabou sucumbindo à pressão pernambucana. O Sport venceu, mas caiu.