Invicto x ‘pedra no sapato’: Choque-Rei coloca frente a frente técnicos com histórias diferentes no clássico

Rogério Ceni nunca perdeu para Abel Ferreira ao longo de sua carreira como treinador, enquanto português venceu o São Paulo apenas uma vez dirigindo o Palmeiras

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O clássico entre São Paulo e Palmeiras, nesta quinta-feira (10), às 20h30, no Morumbi, em duelo atrasado da quarta rodada do Campeonato Paulista, coloca frente a frente dois treinadores que têm memórias 'diferentes' envolvendo os times e os personagens. 


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Rogério Ceni busca manter duas invencibilidades: contra Abel Ferreira e nos clássicos 

De um lado, Rogério Ceni costuma se dar bem enfrentando Abel Ferreira. Desde que começou sua carreira como treinador, o ex-goleiro do São Paulo enfrentou o português em quatro oportunidades, nunca perdeu e ainda conquistou um título: a Supercopa do Brasil. 

A sequência começou em janeiro do ano passado, ainda pelo Brasileirão de 2020, quando Ceni comandava o Flamengo. Na ocasião, vitória do Rubro-Negro por 2 a 0, pelo Campeonato Brasileiro. Depois, em abril, veio a final da Supercopa do Brasil. A partida terminou empatada em 2 a 2 e o Flamengo levou o título vencendo nos pênaltis por 6 a 5.

Um mês depois, em maio, nova vitória de Rogério Ceni sobre o Palmeiras, desta vez por 1 a 0, com gol de Pedro, na primeiro rodada do Campeonato Brasileiro. Para finalizar, Ceni enfrentou o Alviverde de Abel Ferreira pela primeira vez no Brasileiro do ano passado, no Allianz Parque, com vitória por 2 a 0. 

Além dessa sequência invita contra Abel, Ceni busca continuar invicto também nos clássicos em geral. Desde que retornou ao São Paulo, em outubro de 2021, ele comandou o time em quatro clássicos com quatro vitórias, sendo o primeiro treinador da história do clube a conseguir esse feito: Corinthians (1 a 0 e 1 a 0), Santos (3 a 0) e Palmeiras (2 a 0. São sete gols marcados e nenhum sofrido.

Tricolor é pedra no sapato de Abel e sob seu comando Palmeiras venceu rival só uma vez

O Abel Ferreira tem um plano. Mas se tem um adversário pelo qual o mantra, repetido à exaustão pela torcida do Palmeiras para justificar as boas atuações, os títulos improváveis e a paixão que parece eterna pelo português, não funciona, ele é o São Paulo.

Em oito clássicos contra o Tricolor disputados até por Abel, ele teve apenas uma vitória alcançada.

Tudo bem que o êxito veio logo nos 3 a 0 sobre o rival do Morumbi nas quartas de final da Copa Libertadores do ano passado. Mas mesmo assim, o retrospecto geral é ruim diante do Tricolor: foram ao todo quatro empates e três derrotas.

Dois desses tropeços se tornaram verdadeira dor de cabeça para Abel. A principal foram os 2 a 0 no Morumbi que sacramentaram o título paulista, resultado que encerrou o longo jejum de conquistas do São Paulo.

Depois, ano passado e pelo mesmo placar, o placar pelo Campeonato Brasileiro, com um Verdão escalado principalmente por reservas, foi visto como uma ajuda ao rival, que lutava contra o rebaixamento.

Em comum, além do resultado, esses jogos simbolizaram alguns dos momentos de maior tensão entre Abel e o universo Palmeiras, quase selando o fim do casamento que se mostrou promissor hoje em dia.

Talvez por conta disso, o próprio Abel já tratou de minimizar eventuais resultados não favoráveis que possam aparecer não só ante o São Paulo, mas contra todos os rivais, visto que o Palmeiras fará todos os clássicos em sequência neste Estadual.

- Eu entendo que os clássicos são extremamente importantes para a imprensa, torcedores, enche páginas de jornais, ajuda a quem gosta de fazer comédia. Mas para nós é igual. Sabemos da importância, mas nós nos preparamos igual para todos os jogos. Nosso foco é igual seja contra quem for, seja onde for.

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