Ontem (17), após deixar o hospital da Unimed de Chapecó, Alan Ruschel concedeu uma coletiva na Arena Condá, onde falou sobre sua recuperação, sentimentos e planos para o futuro. Dezenove dias depois da tragédia com o avião da Chapecoense, que vitimou 71 pessoas, o jogador voltou para casa, por volta das 23h, e foi recebido pela família, fãs e imprensa.
Em processo de recuperação, o lateral mencionou um fato que marcou e pode ter salvado sua vida:
- O Cadu (diretor da Chapecoense) pediu para eu sentar um pouco mais para frente, para deixar que os jornalistas sentassem no fundo. Eu lembro que na hora, eu não quis sair dali. Aí eu vi o Follmann e ao olhar pra ele, ele insistiu para que eu fosse me sentar com ele e aí eu saí lá de trás e fui sentar junto com o Follmann. É a parte que eu lembro.
Alan teve uma grave lesão na coluna e, após o acidente, os primeiros médicos que fizeram seu atendimento, acreditaram que ele perderia o movimento das pernas. O jogador, afirmou que dois milagres aconteceram em sua vida.
- A única explicação são dois milagres: eu estar vivo e o milagre de eu poder estar andando.
Menos de um mês após ter ficado em estado grave na UTI do Hospital San Juan Dios, na Colômbia, Alan já pensa em voltar aos campos e dar alegria aos torcedores da Chape
- Com muito esforço, dedicação e trabalho, eu vou dar a volta por cima e voltar a jogar.
Alan, um dos seis sobreviventes do acidente, deve permanecer por alguns dias na casa de seus familiares em Porto Alegre.
Em Chapecó, os demais brasileiros que sobreviveram à tragédia (o jornalista Rafael Henzel, o zagueiro Neto e o goleiro Follmann) seguem hospitalizados.