Em briga para se manter na Série A, Chape luta contra problemas dentro e fora de campo
Além da seca de vitórias que já chega a oito partidas, clube convive com atraso salarial, queda nas receitas e protestos da torcida contra a venda de mando de campo
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É fato que a Chapecoense sempre precisou se esforçar bastante para manter um nível alto o suficiente visando se manter no mais alto patamar do futebol brasileiro que é a primeira divisão do campeonato nacional.
No entanto, se em anos anteriores a situação administrativa dava suporte para se preocupar unicamente com o fator esportivo, após a tragédia de Medellín as coisas chegaram a um ponto crítico nessa altura da temporada nos mais diversos âmbitos.
Além da falta de resultados com direito a oito rodadas sem vencer e campanha que relega o time a 18ª posição, fazendo-se o adendo de que Claudinei Oliveira e Ney Franco já chegaram e saíram do comando técnico, problemas como atraso salarial e queda de receitas afetam todo o planejamento estruturado ainda no início do ano.
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Segundo informação do portal NSC Total, os vencimentos referentes ao mês de agosto que seriam pagos no último dia 7 ainda estão pendentes. Hoje, a folha salarial do elenco principal está orçada em R$ 1,75 milhão considerando somente os vencimentos registrados em carteira, deixando de lado a parcela referente aos direitos de imagem.
Fontes de renda como o sócio-torcedor e a renda de bilheteria, elementos que poderiam fortalecer o fluxo de caixa do clube pensando nas dívidas de curto e médio prazo, vem apresentando índices bem menores do que as projeções. Além da inadimplência de quase mil sócios dentre os registrados, a presença de público está sendo diretamente afetada pela campanha ruim da equipe.
A venda de mando de campo poderia ser também uma alternativa não muito "popular" pensando na diminuição do prejuízo, porém efetiva no sentido prático. Todavia, ao menor sinal de que confrontos como diante de Corinthians (25 de setembro) e Flamengo (6 de outubro) corriam o risco de não ocorrer na Arena Condá, torcedores chegaram a pendurar uma faixa no portão do estádio dizendo que o clube "não está à venda", fato que amedrontou a diretoria e pode afastar a chance das negociações avançarem.
Em meio a esse cenário, o cálculo geral seria de que a previsão orçamentária da Chapecoense prevê lucro de R$ 88 milhões para 2019 em face as despesas que passam dos R$ 100 entre salários, manutenção da estrutura além de rescisões contratuais de jogadores, treinadores e acordos judiciais com as famílias das vítimas do acidente aéreo.
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