Por maior reconhecimento à função, diretor cita reconstrução da Chape
André Figueiredo, que assumiu a diretoria do clube há 40 dias, comentou sobre a função dos diretores e ressaltou o processo de mudanças após tragédia de 2016
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André Figueiredo assumiu o cargo de Executivo de Futebol da Chapecoense há pouco mais de 40 dias, mas acompanhou o processo de reconstrução do clube e os bons resultados dentro de campo. Responsável pelo departamento do clube, inclusive, tem um exemplo ainda mais claro da importância da função, com a reconstrução da instituição após a tragédia de 2016.
O trabalho de um executivo de futebol nos clubes, para muitos, ainda é visto de forma errada. Apontados muitas vezes apenas como "responsáveis por contratações", os profissionais buscam regulamentar a função e mostrar a real necessidade da qualificação dos gestores no país.
Há quase dois anos, uma tragédia com o voo da Chapecoense, que tinha como destino a Colômbia para a disputa da final da Copa Sul-Americana, vitimou 71 pessoas, entre jogadores, comissão técnica e membros da diretoria. Depois do ocorrido, a equipe teve de, quase literalmente, ser reconstruída. Nesse momento, a importância do executivo de futebol ficou ainda mais evidente.
- Como a Chapecoense perdeu todo o seu departamento de futebol, a reestruturação teve de acontecer "do zero". O Rui costa (executivo) foi contratado e fez um ótimo trabalho, montando um time e departamentos inteiros em um mês. O resultado de campo foi muito bom, com o título Catarinense, a ida à Libertadores e a oitava colocação no Brasileirão - disse André.
- A importância de começar tudo com os processo certos, sem vícios do passado, com estruturas seguindo um organograma correto. A Chapecoense ainda está se remontando, e o executivo, nessa hora, planeja essa remontagem completa para que não haja perdas financeiras ou de performance - completou.
Nesta sexta-feira, a Associação Brasileira dos Executivos de Futebol (Abex), realizou, de forma inédita, uma ação nacional envolvendo alguns de seus principais associados, que ocuparam espaços na imprensa para divulgar a importância da qualificação dos profissionais do país.
Além disso, a busca pela regulamentação da função já tramita na Câmara desde o ano passado, na forma de um projeto de lei, e trará ainda mais benefícios aos executivos brasileiros, que passarão a ter maiores direitos e, principalmente, uma qualificação mínima necessária.
- A regulamentação será um passo importante para uma melhor profissionalização dos clubes. É preciso deixar claro que não somos contra a contratação de ninguém, mas que defendemos pessoas qualificadas para uma função tão importante. O espaço do diretor executivo não pode ser visto como uma vaga para colocar alguém apenas para dar satisfação ao torcedor - afirmou Figueiredo.
- Um executivo precisa administra muitos setores dentro do departamento de futebol, gerenciar pessoas, tratar com médicos, técnicos, analistas de desempenho, cuidar do setor administrativo e financeiro... Para contratar, é necessário entender de direito desportivo, conhecer os regulamentos de competições da CBF e da Conmebol, além dos processos de transferências e regras nacionais e internacionais. Enfim, não é uma função simples - finalizou.
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