Seguindo os passos do lateral Alan Ruschel, mais um dos quatro brasileiros que sobreviveram ao voo da Chapecoense, recebeu alta. Nesta segunda-feira foi a vez do jornalista Rafael Henzel, da Super Rádio Condá, que já projetou o retorno ao trabalho.
Em entrevista coletiva nesta manhã, ele confessou que quer narrar o próximo jogo da Chapecoense, no dia 25 de janeiro, contra o Joinville, pela primeira rodada da Primeira Liga.
- Tenho minha data: dia 9 de janeiro, eu quero voltar a trabalhar. E dia 25 de janeirio, eu quero narrar Joinville x Chapecoense. Não sei como eu vou subir naquelas cadeiras lá, se eu estiver com alguma dificuldade para caminhar, por causa das lesões. Mas não quero saber, dia 25, Joinville x Chapecoense, eu vou estar lá. Eu não vou deixar passar- comentou Henzel, que se diz em débito com o torcedor da Chapecoense.
- Eu tenho um dever muito grande com a comunidade de Chapecó, que acreditou. Se eles acreditam, eu vou fazer. Vou para casa, mas vou ficar completamente no tratamento que resta, para eu voltar com tudo e com força, para dia 9 voltar a trabalhar na rádio e, a partir do dia 25, se Deus quiser, acompanhar todos os jogos da Chapecoense -completou.
Henzel também comentou que esperava uma saída mais cedo do hospital. Ele destacou que demorou para 'desacelerar'
- Eu imaginava que três dias depois eu estaria em casa. Eles me centraram. Depois que eu entendi esse processo todo, aí começou uma recuperação, imagino eu, muito boa, de cicatrização. Eu desacelerei. Todo jornalista é muito acelerado. No momento que eu entendi que eu precisava desacelerar, que os médicos estavam ali para me ajudar, eu comecei a entender o tratamento. Aí eu pude me recuperar. Ainda não é definitivamente, porque temos muitas coisas ainda, pequenas perto do que a gente passou. Se precisasse ficar mais uma semana no hospital, eu ficaria. Quero estar 100%. A gente está ganhando o jogo até os 45 minutos do segundo tempo. Agora, a gente não pode fraquejar. Estou muito feliz- finalizou.
Os outros dois brasileiros que sobreviveram ao acidente são o zagueiro Neto e o goleiro Follmann, que seguem em tratamento em Chapecó. O último, apesar de ter sido o primeiro resgatado, foi o que mais sofreu com sequelas e teve parte da perna direita amputada.