Nesse final de semana, no Bahrein, finalmente começa a temporada 2023 da F1 (que será a mais longa da história do esporte, com 23 provas). Novos pilotos, novos circuitos, novo regulamento e muita expectativa de maior competitividade. Enfim, a retomada do Circo da F1 promete. E o que esperar?
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PILOTOS E EQUIPES
Nessa temporada vê-se uma renovação de 20% dos pilotos. Temos três estreantes e um veterano que retorna da aposentadoria. Pela Mclaren – após incendiar o mercado de pilotos ano passado, esnobando a Alpine – vem Oscar Piastri, que onde correu foi campeão, inclusive na F3 e F2. Todos os olhos se voltam para o australiano. Pela AlphaTauri correrá o rápido Nyck de Vries (que disputou o GP da Itália ano passado e deu show). E no cockpit da Williams teremos o americano Logan Sargeant. Já na Haas, uma novidade com cheiro de naftalina: Nico Hulkenberg, piloto que mais GP’s disputou (198) sem ir ao pódio.
Os calouros trarão uma animação extra, até porque vêm em substituição a dois pilotos que já deram o que tinham que dar (Sebastian Vettel e Daniel Ricciardo) e dois que realmente não se mostraram à altura da F1 (o fraquíssimo Nicolas Latifi, e Mick Schumacher, ambos notabilizados por destruírem carros em 2022).
Mas não é só entre os pilotos que há novidades: no mercado de chefes de equipe também houve mudanças. A principal delas até demorou para acontecer: finalmente a Ferrari demitiu o incompetente Mathia Binotto, responsável por cenas dignas de “Os Trapalhões” em 2022. Para o seu lugar foi promovido Fredéric Vasseur, ex-team principal da Alfa Romeo (que agora será dirigida por Alessandro Bravi). Na McLaren o veterano Andrea Stella assumiu a posição, enquanto na Williams também houve uma mudança relevante, que foi a contratação de James Vowles, ex-estrategista da Mercedes.
ESPERANÇA BRASILEIRA
Se mais uma vez não temos brasileiros no grid, nossas esperanças seguem crescendo, já que neste ano teremos três compatriotas rondando a área. O principal deles é Felipe Drugovitch, campeão da F2 em 2022 e piloto reserva da Aston Martin. O clã Fittipaldi estará representado por Pietro – que segue sendo piloto reserva da Haas – e por Enzo, recém-contratado para a academia Red Bull. Estão deixando a gente sonhar...
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O QUE SE VIU NOS TESTES
Na semana passada, as equipes foram para a pista pela 1ª vez no ano, para os testes pré-temporada, no Bahrein. É verdade que tradicionalmente os testes não revelam tanto assim, uma vez que o foco é mais na confiabilidade dos carros e também porque as equipes geralmente não mostram suas cartas. Mas foi interessante notar que, de uma maneira geral, os carros estão mais rápidos. O tempo da pole do GP do Bahrein em 2022 foi, já nos primeiros testes, baixado em mais de um segundo.
Ficou claro que a Red Bull, mais uma vez, vem forte. Será a equipe a ser batida. Ou melhor, Max Verstappen será o homem a ser batido. E uma curiosidade: o exame da telemetria demonstra que os pilotos do time austríaco sequer andaram no limite – e mesmo assim Perez fez o melhor tempo dos 3 dias de teste.
A Ferrari demonstrou um consumo acelerado de pneus, mas deixou uma suspeita grande de que ficou escondendo a rapadura. Os carros italianos parecem estar rápidos, e tudo indica que serão a segunda força.
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A Mercedes também parece estar um pouco melhor após a fraca performance do ano passado, embora não dê pinta que vem para dar combate à incumbente Red Bull e a Ferrari.
Há grande expectativa em torno da Aston Martin, agora liderada pelo experiente e sempre muito rápido Fernando Alonso. Tanto Alonso como Drugovitch (que treinou no Bahrein, ficando apenas 0,7 segundos atrás do espanhol) foram muito bem e há uma expectativa de que ela possa ser a 4ª força.
Também a Alfa Romeo aparentou vir bem, chegando (com Zhou) a liderar o 2º dia de testes. Mas, de novo, isso não quer dizer muita coisa, uma vez que estava de pneu macio e provavelmente com pouca gasolina – e, portanto, leve (cada quilo de combustível – sim, se conta em quilos, não em litros - equivale a aproximadamente 0,1 segundo por volta).
A temporada promete, e março tende a ser animado com os GP’s do Bahrein e da Arabia Saudita – sempre tumultuado e com muitas batidas. Acabou o jejum, amigos!