Papo com Helio Castroneves: ‘Um pé em 2022 e outro em 2023’
Piloto brasileiro dá mais detalhes sobre sua renovação com a equipe Meyer Shank Racing<br>
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Olá, amigos, tudo bem? Espero que sim.
Como vocês viram, na sexta-feira passada, lá em Madison, Illinois, a Meyer Shank Racing anunciou minha renovação para 2023. Nada disso era novidade para os leitores do LANCE! porque já havia contado tudo na minha coluna da semana passada. Mas faltaram algumas informações, que aproveito a coluna de hoje para fazer a atualização.
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Assim como no atual, meu novo acordo com a equipe não é somente para a IndyCar, categoria que disputarei em tempo integral novamente, mas também nas principais corridas da IMSA do próximo ano. Já estou escalado para a 24 Horas de Daytona (28 e 29 de janeiro), 12 Horas de Sebring (18 de março) e Petit Le Mans, fechando a temporada no dia 14 de outubro, em Road Atlanta.
Nesse ano, vencemos a Rolex 24 at Daytona pela MSR, ao lado do Simon Pagenaud, Oliver Jarvis e Tom Blomqvist, com o Acura ARX-05 DPi. Deixei de correr em Sebring por causa da etapa do Texas e vou participar da Petit Le Mans. Esta última será a despedida do carro atual da Acura. A partir do ano que vem, tudo será novo.
Mas antes de falar da nova máquina, quero dedicar algumas palavras para o 05. Gente, que carro sensacional! Corri três anos com ele no IMSA, fui campeão e venci duas 24 at Daytona - em 2020 foi Wayne Taylor Racing. Só tenho boas memórias por ter acelerado esse protótipo. Mas, como diz a música, “daqui pra frente, tudo vai ser diferente”.
O carro do ano que vem será o ARX-06, que é um chassi ORECA, com motor V-6 de 2,4 litros da Honda Performance Development e carroceria desenvolvida pelo Acura Design Studio. Esse conjunto está baseado na nova classe da IMSA, que estreia já em Daytona, a Grand Touring Prototype (GTP). Vai ser muito legal guiar esse carro novo.
Voltando a falar da IndyCar, no sábado passado aconteceu a 15ª e antepenúltima etapa do NTT IndyCar Series, no oval curto de Madison. Essa prova marcou algumas mudanças na equipe técnica do carro 06, sempre naquela dinâmica que já contei para vocês, que é aproveitar o melhor de cada membro da equipe, mesmo que para isso a gente tenha de trocar algumas funções. Claro que ainda tem muita coisa para fazer e, como vocês viram, a corrida foi bem atípica, inclusive com paralisação por bandeira vermelha, por causa da chuva.
Mas fiquei bem contente com o desempenho do carro nos treinos, Qualifying e corrida, principalmente por um problema de trepidação que vinha há tempos comprometendo a performance, mas que já a partir dessa corrida foi praticamente eliminado. Não fosse um problema de câmbio, que complicou bastante a parte final, acredito mesmo que poderia ter chegado entre os 10 primeiros. Achei até que não terminaria a prova, mas consegui receber a bandeirada trocando as marchas no ouvido, no tempo do motor, sem a ação da eletrônica.
Nessa semana não tem corrida, mas temos várias atividades até a viagem para Portland. Forte abraço a todos e até semana que vem.
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