COLUNA: Título e confiança que Bia Maia precisava, e a bola fora da ESPN

Análise da importância do título de Bia Maia em Madri

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Bia Maia campeã no WTA 1000 de Madri nas duplas. Jogando ao lado da ex-número 1 de simples Victoria Azarenka. Mostraram sintonia e uma parceria que encaixou diante também de condições mais velozes na altitude espanhola. 

É um baita resultado que a fará entrar no top 10 da modalidade e igualar o feito de Luisa Stefani do ano passado.

Um resultado que certamente vai acrescentar em confiança para ela em simples. Simples onde vem perdendo algumas oportunidades e jogos que deveria/poderia ganhar nos últimos meses. Talvez se cobrando demais , se pressionando em demasia.

É bom lembrar que o salto de qualidade de Bia veio pouco depois de grandes resultados nas duplas no começo do ano passado, com título no WTA 500 de Sydney e o vice do Aberto da Austrália, ambos com Anna Danilina.

A ESPN infelizmente não transmitiu nenhum jogo da brasileira no torneio nas duplas. Nem sequer a final. Sim, mostraram no Star+, mas não é a mesma coisa. Nem mesmo o apelo de uma decisão jogando com uma tenista popular como é a Vika sensibilizou os diretores do canal. 

É bom falar. Com certeza se dependesse do staff de narradores e comentaristas do canal o jogo teria a devida atenção com transmissão na televisão, mas a decisão cabe aos diretores que forçam para o streaming. Há duas razões por aí. Uma comercial. Querem mais assinantes. Do cunho empresarial é justo, afinal é uma emissora privada e visam o lucro. A outra razão é o empregador precisar bancar horas extras do staff de transmissão em jogos que não estavam na grade, ainda mais em dias como hoje, um domingo. De qualquer forma acabam perdendo credibilidade.

Bia Maia jogou nove finais, contando simples e duplas em WTA e sete delas não tiveram transmissões. Tomara que revejam isso nos próximos torneios. O lado ruim de ter um monopólio da transmissões causa isso. 

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