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Impostor oferece ingressos, mas Fifa desmascara ‘funcionário’ fantasma


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Em seu perfil no Instagram, Thiago Barros se diz coordenador de Seleções da Fifa na Copa das Confederações e produtor executivo da Warner Bros. Os altos cargos, fictícios, fizeram o rapaz tentar se aproximar de celebridades. Ele age na rede social oferecendo entradas para jogos da competição, que começa neste sábado, em Brasília.

Procurada pelo LANCE!Net, a Warner desconhece o 'funcionário'. A assessoria da Fifa, por sua vez, informou que 'Barros não é funcionário da FIFA e nem trabalha na organização do evento e que irá informar seu prestador de serviços no setor de ingressos para analisar a questão e tomar as medidas adequadas'.

A equipe de reportagem também entrou em contato, através de um e-mail fictício, com o impostor, para saber se ainda era possível conseguir ingressos para assistir à final do torneio, em 30 de junho, no Rio de Janeiro. A resposta foi positiva. Por telefone, um amigo disse que Thiago estava viajando e que a história não passava de uma grande brincadeira.

– Trocamos mensagens e ele pedia dados pessoais de minha cliente. Ele pedia um contato – relatou a assessora de uma modelo que participa de programas humorísticos.

Dois irmãos que são atores Globo também quase foram envolvidos na maracutaia. Eles desistiram de ir à decisão, mas Thiago Barros prometeu enviar o ingresso para a assessora da dupla, até agora, sem retorno.

A lista é mais extensa e passa também por uma apresentadora de TV que não deu retorno à reportagem e uma atriz que é figurinha carimbada em novelas do horário nobre. O perfil buscado não se restringe a famosos: houve promessas de trazer uma moça de Goiânia exclusivamente para a decisão.

Não é possível saber exatamente quantas pessoas foram envolvidas neste golpe, mas a festa da malandragem teve início antes mesmo de a bola começar a rolar.

Gasparzinho dos gramados

Em fevereiro deste ano, o LANCE!Net mostrou a história de Rodrigo Verissimo de Souza Melo, ou apenas o Gasparzinho. O estelionatário dizia ter passado por diversos clubes do Brasil e até do exterior.

Durante a série de matérias que durou quatro dias, a reportagem descobriu que Rodrigo Souza respondia a alguns processos por estelionato. O Fantasminha do futebol brasileiro, quando foi descoberto, dizia ter rescindido recentemente o contrato com o Flamengo. Porém, o clube desconhecia a existência do 'jogador'.'

Academia LANCE!

João Henrique Chiminazzo
Especialista em direito desportivo

"Essa pessoa que se passa por funcionário da Fifa pode ser processada por falsidade ideológica ou estelionato. Para o crime de estelionato, a princípio, não é preciso que a Fifa faça a comunicação à Justiça. Se eu fui lesado ou se ele tentou me enganar, eu posso abrir uma representação contra ele, não precisa que seja a Fifa.

Não é necessário que alguém já tenha ocorrido um caso, basta que haja uma tentativa. Se ele se passa por outra pessoa para me vender um ingresso, isso configura uma tentativa de estelionato e tentativa também é punível.

Obviamente que há todo o inquérito policial para provar o que aconteceu, mas isso pode ser provado pela internet, por e-mail, por troca de mensagens, rastreando o computador. Assim é possível provar o que está sendo feito pelo computador. Se eu conseguir comprovar algo nesse sentido, a pessoa vai ter de responder por isso.

No primeiro momento, o inquérito vai apurar se foi estelionato ou falsidade ideológica, dependendo de algumas características particulares. A polícia vai investigar para saber se vai transformar em processo criminal ou não."

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