Há 16 anos, um erro crasso tirou a Espanha e levou a Coreia à semifinal

Dona da casa ao lado do Japão, Coreia do Sul teve arbitragens questionadas contra Itália e, principalmente, diante dos espanhóis nas quartas de final da Copa do Mundo de 2002

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Há 16 anos, um dos erros de arbitragem mais escandalosos da história das Copas do Mundo foi decisivo para a eliminação da Espanha e consequente classificação da Coreia do Sul à semifinal do Mundial de 2002. Foi em 22 de junho de 2002 que o apito, que já vinha sendo contestado pela ajuda a um dos países anfitriões, deu um empurrão fundamental aos sul-coreanos.

Na Copa em que o "gol de ouro" ainda era regra na prorrogação, Morientes marcou após empate sem gols no tempo normal e, não fosse a bizarra marcação, a Espanha teria sido a classificada para pegar a Alemanha na semi. Joaquín foi à linha de fundo e cruzou para Morientes cabecear para as redes. O árbitro egípcio Gamal Ghandour marcou saída de bola no cruzamento. A bola não saiu. O mundo viu assim, menos Ghandour e seu auxiliar Michael Ragoonath, de Trinidad Tobago...

Antes disso, durante os 90 minutos, a Espanha teve um gol anulado em cobrança de falta na área em que a bola bateu nas costas de Kim Tae-Young e entrou. Ghandour viu puxão de camisa questionado de Baraja no jogador sul-coreano. A disputa acabou nas cobranças de pênaltis com mais reclamação espanhola. O goleiro Lee Woon-jae adiantou-se para defender a cobrança de Joaquín: nada marcado.

"Este Mundial dá nojo" foi a manchete do diário esportivo de Madrid, "Marca", em 23 de junho de 2002. Em 2015, em entrevista ao jornal "El Mundo", Ghandour afirmou que não se arrependeu de suas marcações.


- O primeiro gol eu anulei por uma falta clara. As imagens mostram que o jogador espanhol agarrou a camiseta de um defensor. Na hora, ninguém discutiu. No segundo gol, o auxiliar interveio levantando a bandeira ao acreditar que a bola havia saído. Estou completamente de acordo que a bola não saiu, mas, quando o auxiliar levanta a bandeira, tenho que apitar - disse.

A arbitragem foi muito contestada por ajudar a Coreia do Sul na Copa de 2002, disputada no país asiático em conjunto com o Japão. Nas quartas, ao eliminar a Itália, o árbitro equatoriano Byron Moreno foi criticado por expulsar Totti por simulação em lance em que os italianos pediram pênalti. Tommasi teve um gol anulado por impedimento, mas as imagens indicaram "mesma linha". A Coreia do Sul venceu por 2 a 1, com "gol de ouro" na prorrogação e avançou. O time da casa acabou caindo para a Alemanha (1 a 0), na semi, e ficou em quarto lugar ao perder da Turquia (3 a 2) em seu último jogo naquela Copa.

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