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Brasileiros cantam ‘Piqué tchau’ e russos deliram pelas ruas de Moscou

Assim que Akinfeev fez o Lujniki explodir, ruas da capital da Rússia foram tomadas em festa histórica, digna de título. Torcedores do Brasil entraram na onda. Haja cerveja...

Torcida da Rússia faz a festa por Moscou: mãe e filha
imagem cameraThiago Salata
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Lance!
Enviado especial a Moscou (RUS)
Dia 01/07/2018
17:24

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Assim que Akinfeev defendeu o segundo o pênalti contra a Espanha e classificou a Rússia para as quartas de final da Copa do Mundo, o estádio Lujniki explodiu e, no embalo, toda cidade de Moscou. Um feito histórico está sendo comemorado como se deve: festa de título! Desde que passou a jogar o Mundial como Rússia, em 1994, o país jamais tinha chegado a esta etapa do torneio. A última vez, como União Soviética, foi em 1970, quando caiu para o Uruguai (havia menos equipes e as quartas eram a primeira fase eliminatória - em 1982, em outro formato, a URSS foi eliminada num grupo de segunda fase).

O Lujniki recebeu 78.011 torcedores, em sua grande maioria russos. A torcida jogou junto com sua seleção a cada ataque, a cada dividida, a cada defesa de Akinfeev. A explosão final fez russos chorarem e, partir daí, era só festejar. O público começou a deixar o estádio em êxtase - muitos torcedores já acumulavam pilhas de copos de cervejas vazios nas mãos. Os brasileiros presentes entraram no embalo ao ritmo da música que ficou famosa com Messi e ganhou nova versão: "E o Piqué tchau, Piqué tchau, Piqué tchau, tchau, tchau!". A caravana seguiu junta até as estações de metrô próximas ao Lujniki.

Os torcedores russos, dançando e bebendo, saíram nas janelas dos prédios para acenar ao público que caminhava e gritava: "Rússia! Rússia! Rússia!". Os gritos com o nome do país e outros exaltando Akinfeev regeram a festa. As estações foram tomadas, com trens abarrotados. Ninguém se importou com aglomeração ou calor - é importante ressaltar a eficiência e rapidez do metrô de Moscou, que atende grande parte da cidade de 12 milhões de habitantes.


A maioria dos torcedores tinha destinho certo: o centro. A região da Praça Vermelha, e os bares próximos que viraram reduto de fãs do futebol durante a Copa, foi tomada. Os buzinaços seguiram noite a dentro, com fãs enlouquecidos (e bêbados) nas janelas dos automóveis. O policiamento nas ruas foi reforçado para controlar os acessos.

Muitas crianças saíram para festejar a classificação com os pais. Várias sorriam e vibravam com os rostos pintados com a bandeira da Rússia. Desconhecidos passaram a se cumprimentar. Em frente ao Teatro Bolshoi, na região central, uma larga avenida demanda tempo para ser atravessada. Ao sinal verde, os dois grandes grupos de pedestres, um de cada lado, caminhavam e se abraçavam aos berros. Os turistas, claro, entraram na festa do time da casa.


A venda de cerveja mais uma vez explodiu. Vários bares na região central já têm sofrido com a dificuldade de manter o estoque diante da grande procura. Alguns chegaram a encerrar vendas pela falta do produto. Os cercos no centro de Moscou também têm dificultado o abastecimentos aos bares.

Quem também terá trabalho será o serviço de limpeza da cidade. Serviço este que tem sido eficiente. As ruas limpas chamam atenção mesmo com as festas diárias desde o início da Copa. Nenhuma festa, porém, foi do tamanho da que se viu neste domingo. Para os russos, eles já conquistaram a Copa do Mundo.

Ao menos até o fim da noite russa (tarde no Brasil), grandes confusões não foram vistas no centro. Boa parte da torcida vai virar a madrugada nas ruas.

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