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Cafu tenta convencer Pirlo a torcer pelo Brasil e aprova laterais de Tite

Ao LANCE!, o último capitão a levantar a taça da Copa pelo Brasil falou de campanha publicitária que participou e se disse confiante de que a Seleção trará o hexacampeonato

Cafu e Pirlo
Pirlo e Cafu, entre outros atletas, estrelam campanha publicitária para a Copa do Mundo da Rússia (Foto: Divulgação)

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Uma das grandes ausências da Copa do Mundo da Rússia é a seleção da Itália, que não conseguiu a classificação para disputar esta edição do torneio - a primeira ausência em 60 anos. Também será o primeiro Mundial após a aposentadoria de Pirlo, craque italiano, que não terá seus compatriotas para torcer. Pensando nisso, McDonald's e Uber Eats lançaram vídeo publicitário com o ex-jogador da Azzurra, que contracena com outros atletas que tentarão convencê-lo a torcer por suas seleções.

O time de estrelas inclui Luis Hernandez e Jared Borgetti (México), Harry Kewell (Austrália), Rui Patricio (Portugal), Mashahiro Fukuda (Japão) e Alexandre Guimarães (Costa Rica). Além dos campeões mundiais Marcel Desailly (França) e Cafu, este representando a torcida brasileira. O último capitão a levantar a taça da Copa para o Brasil falou ao LANCE! sobre a campanha.

- Convencer o Pirlo a torcer pela Seleção Brasileira, já que a Itália não está na Copa do Mundo, não foi muito difícil, foi muito fácil. O Pirlo ama o Brasil, ama os brasileiros. Foi muito bacana o período que nós jogamos juntos no Milan, foram seis anos, aquele clima de festa, de conquistas. Ele até arranhava algumas palavras em português. Então eu falei “Pirlo, é Brasil, pô”, e outra ele jogou com muitos brasileiros bons, muita gente bacana na carreira. Pelo menos a torcida do Pirlo, o Brasil já ganhou - declarou o eterno lateral da Seleção.


Cafu, que participou de quatro Copas do Mundo, jogou três finais e conquistou duas, tem motivos para convencer seu ex-colega de Milan. Isso porque não esconde a sua confiança no sucesso do Brasil na Rússia e elogiou a postura de Neymar ao 'liberar' os brasileiros a sonharem com o hexacampeonato.

- Está certíssimo o Neymar. Isso é autoconfiança, o time está bem, está bem treinado, confiante. Os últimos resultados mostram isso. Tem que entrar em campo confiante de que vai conquistar o título de campeão do mundo. O Brasil tem sim condições de ganhar a Copa, apesar de ter uma pressão muito grande em relação aos resultados. Tenho certeza de que o Brasil vai fazer uma Copa fantástica e vai trazer muita alegria para o nosso povo - afirmou.

Desde que Cafu deixou a Seleção Brasileira, a lateral direita sempre foi uma posição que causou problemas para os treinadores. A carência na posição proporcionou vários testes no setor, até que Daniel Alves, o jogador com mais títulos na história do futebol, virou unanimidade. Sem ele, seus substitutos voltaram a criar desconfiança na cabeça dos brasileiros, mas não para o ex-camisa 2 do Brasil, que aprova as opções de Tite.

- São dois grandes jogadores. Acho que o Danilo leva um pouco mais de vantagem, devido à contusão que o Fagner teve, que se recuperou agora, e logo estará 100%, mas o Brasil está muito bem servido por esses dois grandes laterais. Acredito que isso não será um problema para o Tite, mas sim uma dor de cabeça, porque os dois têm condições de serem titulares absolutos da Seleção Brasileira - elogiou.

Capitão da Seleção nas Copas do Mundo de 2002, quando foi campeão, e de 2006, Cafu também falou da filosofia de Tite ao optar pelo rodízio entre os jogadores que recebem a faixa no braço. Para o ex-lateral a medida é mais um acerto do técnico brasileiro, que permite que a responsabilidade se divida entre todos e não em um só jogador.

- Eu acho essa ideia fantástica, porque você dá responsabilidade para todo mundo. Claro que na súmula vai ter que colocar o nome de alguém, e depois, na final, ele vai ter que decidir quem será o capitão que levantará a taça, mas acho isso de extrema importância, estou de acordo com esse rodízio, é importante para o time em termos de responsabilidade, porque não deixa essa responsabilidade para um só jogador. Da maneira que ele fez, acabou dividindo a responsabilidade dentro de campo, inclusive aos mais jovens, que talvez não teriam essa oportunidade em outra situação - analisou.

Cafu aposta no Brasil como um grande favorito ao título na Rússia, e aponta Argentina, Alemanha, França e Espanha como outras seleções que podem chegar forte para disputarem a taça. Apesar do histórico das seleções que chegaram favoritas para a Copa e acabaram fracassando, o ex-jogador acredita que essa mística deve ser quebrada, e os 23 escolhidos por Tite têm capacidade para isso.

- Todo mundo acredita na Seleção, porque os resultados foram fantásticos, classificou com quatro jogos de antecedência, os números de vitória bateram recorde, mas acho que isso é bom. Acho que temos que quebrar esse paradigma de que Seleção Brasileira que chega favorita em Copa do Mundo, não ganha. Acho que esse time tem plenas condições de quebrar isso - concluiu.

Confira a entrevista completa com Cafu, duas vezes campeão mundial com a Seleção Brasileira:

Mais uma vez você foi convidado para uma campanha mundial. Isso é algo que ainda te deixa orgulhoso, que te dá prazer?
Claro, isso é muito gratificante, prazeroso. Aquela sensação de que o trabalho que fizemos lá atrás, estamos colhendo os frutos agora. O resultado é esse convite para essa campanha de publicidade. Sempre que forem falar de Copa do Mundo vão lembrar do Cafu, que foi o último capitão, que levantou a taça, da maneira que levantou, quebrando todos os protocolos. Então vai ficar sempre na memória de todo o Brasil.

Você acha que o Brasil está no caminho certo para o título?
Acho que está sim, acho que a gente está completo, seja com zagueiros, meias, atacantes, todas as posições têm um suplente a altura para aqueles que estiverem no time titular, então nós temos uma seleção completa 23 jogadores prontos e aptos a jogar.

Acredita que ainda temos uma carência na lateral direita?
Acho que hoje não mais, temos bons laterais, e laterais não aparecem como aparecem centroavantes e zagueiros. Nos últimos tempos o que apareceu foram grandes goleiros também. Creio que dentro do futebol brasileiro e do futebol mundial, esses dois laterais que foram convocados são os melhores para a Seleção Brasileira.

O que você tem achado das pessoas que não torcem pela Seleção Brasileira por conta dos problemas de corrupção na CBF?
A Seleção Brasileira representa o Brasil, um brasão de cinco estrelas, isso é maior do que qualquer coisa. Você está torcendo pelo seu país, pela sua pátria, pela sua nação. Naquele momento são 23 pessoas representando mais de 200 milhões de brasileiros, é hora de torcer pela Seleção Brasileira, de torcer por quem está lá, independentemente dos problemas que tenham acontecido na CBF, com nossos dirigentes. Acho que o mais importante hoje é o povo brasileiro focar em Seleção Brasileira como nossos maiores representantes no futebol mundial.

Você espera uma Copa do Mundo com bom nível de futebol?
Eu acho que vai ser uma Copa do Mundo muito competitiva, vai ser muito diferente das outras em relação ao nível técnico. Eu vejo seleções compactadas, seleções que vão jogar muito recuadas, preocupadas em explorar os contra-ataques, principalmente quando a gente fala em jogar contra a Seleção Brasileira. Acho que vamos ter muitos jogos truncados, mas muitos jogos bonitos também. Tem muita seleção que joga para frente, como a própria seleção da França.

O técnico da Espanha foi demitido a dois dias da estreia da seleção na Copa do Mundo. Como você viu essa situação e como isso pode influenciar no grupo?
Eu acho que não deve influenciar no grupo, só não consigo entender a mentalidade dos dirigentes, é uma coisa impressionante. Estávamos a um dia da abertura da Copa do Mundo, a maior competição de futebol do mundo, aí vão fazer o anúncio do técnico do Real Madrid, que é o mesmo técnico da seleção da Espanha. É uma falta de profissionalismo que não existe. Espera 30 dias, depois decide qual é o treinador, ou espera terminar a Copa, espera ver o que a Espanha vai fazer lá, depois anuncia o seu treinador. Tem algumas notícias que esses dirigentes têm como evitar, acho que daria para evitar, mas não influencia no grupo não.

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