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Os caras das Copas: Pelé, o Rei, o único tricampeão mundial

Eterno camisa 10 é o maior campeão da história das Copas do Mundo

GALERIA: Veja as Copas disputadas por Pelé e o clube que ele defendia no período de cada Mundial
imagem camera(Foto: Reprodução de internet)
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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 23/04/2018
09:33
Atualizado em 12/06/2018
21:09

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Pelé é o Rei do Futebol e também o Rei das Copas. Maior jogador de todos os tempos, o eterno camisa 10 da Seleção Brasileira e do Santos é dono de diversos recordes na história dos Mundiais. Pelé é o único jogador a ter conquistado três Copas do Mundo (em 1958, 1962 e 1970). Ele também é o jogador mais jovem a ter disputado uma final, o mais jovem a ter marcado numa decisão e mais jovem a balançar a rede numa Copa. Além disso, divide com Uwe Seeler e Miroslav Klose o recorde de ter feito gols em quatro Copas, e com Vavá, Paul Breitner e Zinédine Zidane o recorde de marcar em duas finais.

O cara da Copa - Pelé
(Imagem: Arte LANCE!)

Pelé estreou como profissional no Santos em 1956 e já foi convocado para a Seleção em 1957. Ele tinha apenas 17 anos e nove meses quando partiu para sua primeira Copa. Titular no time do técnico Vicente Feola, Pelé ficou na reserva nos dois primeiros jogos do Mundial da Suécia (vitória por 3 a 0 sobre a Áustria e empate por 0 a 0 contra a Inglaterra) porque se recuperava de lesão sofrida em amistoso três semanas antes. O ponta de lança (posição que hoje equivale a meia-atacante) só teve condições de jogo diante da União Soviética, e brilhou. Pelé, apesar de não ter marcado, teve grande atuação em triunfo por 2 a 0. Dali em diante, não saiu mais do time e construiu seu reinado no futebol.

​Pelé, camisa 10 da Seleção, recebeu o número que imortalizou por sorte. Ele usava a camisa 8 no Santos e já tinha vestido o mesmo número pela Seleção. Porém, na preparação para a Copa, a questão dos números foi definida de forma curiosa. Como essa não era uma questão prioritária para os jogadores, os responsáveis pela delegação resolveram fazer uma escolha baseando-se nas bagagens dos atletas, que estavam amontoadas num hotel. A primeira mala era a de Castillo e, portanto, o goleiro acabou ficando com a camisa 1. Na sequência, estava a mala de Bellini, que ficou com a camisa número 2. Didi pegou a camisa 6 e Garrincha acabou com a 11. Assim, os deuses do futebol mudaram o peso da 10. Voltando a falar dos jogos da Copa, nas quartas o Brasil encarou País de Gales. Pelé fez o gol único de vitória por 1 a 0 - e até hoje é o mais jovem a ter balançado a rede num Mundial, com 17 anos e 239 dias.

Na semi, o Brasil encarou a seleção francesa. Pelé fez a diferença e marcou três vezes. O duelo estava 2 a 1 para o Brasil - com a França jogando com dez após lesão do zagueiro Robert Jonquet, num tempo de futebol sem substituições - quando o futuro Rei deixou seu primeiro. No fim, o Brasil levou a melhor por 5 a 2 e avançou para a decisão, quando enfrentaria a Suécia, dona da casa. Em 29 de junho de 1958, o Estádio Råsunda presenciou a coroação do menino Pelé. O placar já marcava 2 a 1 para a Seleção quando Pelé recebeu na área, matou a bola no peito, deu um chapéu num zagueiro e bateu de primeira. Um lance épico. Pelé ainda fechou goleada por 5 a 2. O Brasil levava sua primeira Copa.


Em 1962, Pelé já era referência na equipe de Aymoré Moreira quando foi para sua segunda Copa, no Chile. Porém, o Rei só disputou os dois primeiros jogos daquele Mundial, inclusive marcando na estreia (vitória por 2 a 0 sobre o México). No segundo duelo, empate por 0 a 0 diante da Tchecoslováquia, Pelé sofreu um estiramento muscular e ali a Copa terminou para ele. Amarildo entrou em seu lugar e deu conta do recado, ao lado de Garrincha, grande nome daquele Mundial. Mesmo sem Pelé, o Brasil se sagrou bicampeão mundial - e garantiu a segunda Copa para o Rei. Em 1966, na Inglaterra, Pelé partiu para sua terceira Copa, mas o Brasil não conseguiu ir longe. Vicente Feola, técnico da Seleção no título de 58, tinha voltado, mas não conseguiu encontrar uma "cara" para o time. Além disso, os rivais caçaram Pelé em campo naquela Copa. O Rei marcou na estreia, em 2 a 0 sobre a Bulgária (último jogo com Pelé e Garrincha juntos pela Seleção), mas levou entrada violenta e por isso não conseguiu atuar contra a Hungria. O Brasil perdeu por 3 a 1 e foi jogar sua vida no último duelo do grupo, contra Portugal, de Eusébio. Pelé voltou, mas novamente foi alvo de entrada forte. O zagueiro Morais deu duas pancadas em poucos minutos em Pelé. Na segunda, o Rei sofreu lesão no joelho direito. Ele ainda voltou para "fazer número", mas Portugal acabou ganhando por 3 a 1 e eliminou o Brasil.

Em 1970, já com 29 anos, Pelé faria sua última Copa - e em grande estilo. O Rei queria um título para se despedir dos Mundiais por cima, após a decepção de 1966. Líder de um esquadrão histórico, que tinha Tostão, Jairzinho, Rivellino, Gérson, Carlos Alberto Torres e Zagallo como técnico, Pelé mostrou o seu auge nos gramados do México - jogando "tudo o que sabia", sendo titular nos seis jogos da Seleção e "voando". Logo na estreia, gol para cima da Tchecoslováquia em baile brasileiro por 4 a 1 - e quase gol do meio de campo. No segundo duelo, diante da Inglaterra, deu assistência para Jairzinho fazer o gol único de vitória - e ainda poderia ter marcado logo no início da partida, quando o goleiro Gordon Banks salvou cabeceio incrível de Pelé - no que recebeu o apelido de "A Defesa do Século". No terceiro jogo, "para compensar", o Rei fez logo dois em triunfo por 3 a 2 sobre a Romênia. Nas quartas e semi, diante de Peru e Uruguai, Pelé não marcou, mas jogou bem - contra o Uruguai quase marcou depois de "drible da vaca" no goleiro Mazurkiewicz, mas chutou para fora - e ajudou o Brasil a passar para a final, contra a Itália. A decisão valia a posse definitiva da Taça Jules Rimet, porque o vencedor do duelo seria o primeiro tri mundial. Logo aos 18, Pelé abriu a conta com um cabeceio firme, após belo salto. A Itália empatou ainda no primeiro tempo, mas Gérson recolocou o Brasil na frente no segundo. Porém, a final ainda teria mais brilho de Pelé. O Rei deu assistência para Jairzinho marcar o terceiro e passou de forma magistral para Carlos Alberto Torres fechar o placar. Neste lance, após oito trocas de passes, Pelé dominou a bola, esperou três segundos, e, sem olhar, percebeu a chegada de Carlos Alberto, que soltou uma pancada. Era o triunfante final em Copas.

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