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Mundial já decidiu prêmio de melhor jogador pela Fifa, mas tem ‘maldição’

Desde que eleição do melhor jogador do planeta foi instituída pela entidade, quatro vezes o título da Copa do Mundo decidiu o escolhido e nunca o detentor do prêmio saiu com a taça

Em 94, Baggio era o detentor do prêmio da Fifa, mas perdeu a final da Copa para o Brasil e Romário seria consagrado 
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Lance!
São Paulo
Dia 16/05/2018
20:48
Atualizado em 17/05/2018
09:06

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Em 1991, a Fifa instituiu o prêmio anual de "Melhor Jogador do Mundial". No transcorrer do tempo, ele sofreu alterações na sua nomenclatura, sendo que de 2009 a 2015 houve uma unificação com a premiação da Revista France Football (Fifa/Bola de Ouro) e, após o divórcio", houve o rebatismo para "The Best", que prevalece no momento. O fato é que aconteceram seis edições de Copa do Mundo no período e é possível identificar uma influência forte do torneio de seleções na escolha do vencedor nas primeiras duas décadas e uma aparente queda da importância em 2010 e 2014. Além disso, nenhuma vez um atleta que chegou a um Mundial com o status de detentor da honraria conseguiu ser campeão. Uma espécie de maldição!

ANOS 90, OS 'PRIMÓRDIOS'

Lothar Matthäus
Matthäus, campeão do mundo em 90 (FOTO: AFP)

Em 1991, o alemão Lothar Matthäus foi o primeiro jogador agraciado com o prêmio de melhor do mundo. Ele havia sido o capitão da Alemanha na conquista da Copa do ano anterior, mas a escolha ocorreu na temporada seguinte. Foi a Copa de 94 a primeira a ocorrer com o evento da Fifa já vigendo. O italiano Roberto Baggio chegou aos Estados Unidos na condição de vencedor do prêmio de 93 e viu-se duplamente frustrado. Perdeu pênalti na final, viu o Brasil ser campeão e Romário, o astro da conquista, ser eleito naquele ano. 

Em 98, na França, ocorreu um roteiro similar. Ronaldo, o Fenômeno, fez uma temporada brilhante no ano anterior, encerrando um jejum de títulos italianos da Inter, e foi escolhido o melhor do mundo. Chegou ao Mundial cercado de expectativas, mas viveu o episódio da convulsão antes da final, entrou em campo e viu a França fazer 3 a 0. Com dois gols na decisão, Zidane, que defendia a Juventus (ITA), tornou-se o novo dono do planeta.

 ANOS 2000

Ronaldo na Copa de 2002
Copa de 2002 consagrou ainda mais Ronaldo 

Em 2002, Ronaldo iria à forra na Copa do Mundo dividida entre japoneses e coreanos. Tempos antes, desconfiava-se de suas condições físicas, por conta de séria lesão. O português Luis Figo foi à Ásia como dono do troféu da Fifa, mas sua seleção fez água e caiu ainda na primeira fase, em grupo que tinha Coreia do Sul, Estados Unidos e Polônia, um vexame. O Fenômeno fez os dois gols na decisão contra a Alemanha, consagrando o Brasil pentacampeão, algo que o alçou, meses depois, ao topo entre os atletas do planeta. 

Na Alemanha, em 2006, outro Ronaldo, o Gaúcho, vivia uma era de reinado. O futebol mágico que praticava no Barcelona o elevou à condição de melhor do mundo em 2005. Mas na Copa, a "maldição" voltou a dar as caras. O Brasil, que tinha o aclamado "Quadrado Mágico" (o próprio Ronaldinho, Kaká, Ronaldo e Adriano) foi eliminado pela França nas quartas. A Itália foi campeã e, pela primeira vez, um defensor, o zagueiro Fábio Cannavaro, capitão da Azzurra, foi ungido pela Fifa no fim do ano. 

FIM DA INFLUÊNCIA?

Messi e Cristiano Ronaldo
Messi e Cristiano Ronaldo têm hegemonia há dez anos  (Foto: AFP

De 2008 a 2017, o mundo rendeu-se à polarização Cristiano Ronaldo e Messi. O domínio da dupla tem sido tão grande, que nenhum outro jogador conquistou o prêmio de melhor pela Fifa nesse período e Argentina e Portugal não amealharam o troféu da Copa do Mundo. Ou seja, ao contrário do que acontecera anteriormente, quando o vencedor da honraria no ano de Mundial havia sido campeão, em 2010 e 2014 isso não aconteceu. Apenas a "maldição" manteve-se ativa. 

Na África do Sul, Messi liderou a Argentina com o status de melhor do mundo do ano anterior. A equipe caiu nas quartas, com um acachapante para a Alemanha. A campeão seria a Espanha, mas Andres Iniesta, autor do gol na decisão contra a Holanda, viu o meia argentino, seu companheiro de Barça, manteve a condição e levou o prêmio, concedido àquela altura unificado por Fifa e France Football (Fifa/Bola de Ouro). 

No Mundial do Brasil, em 2014, CR7 era o melhor do mundo. Portugal, porém, decepcionou e ficou pelo caminho já na primeira fase, atrás de Alemanha e Estados Unidos em seu grupo. Os alemães fizeram 7 a 1 na semifinal no Brasil e conquistaram o tetra diante da Argentina. Nada disso foi suficiente para que um atleta da seleção fosse eleito o maioral meses depois. O goleiro Neuer ficou em terceiro na disputa e Cristiano Ronaldo abiscoitou o prêmio novamente, 

Em 2018, de novo será CR7 quem irá a campo com o status de melhor do mundo. Portugal tenta um título mundial inédito, o que teria também o ineditismo do vencedor individual da Fifa conseguir o duplo feito. Se isso não acontecer, porém, os últimos Mundiais apontam que a disputa para ser eleito pela sexta vez o melhor do mundo. É algo que Messi também busca, além da obsessão por levar a Argentina ao tricampeonato mundial. 

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