Na fase de grupos da Copa do Mundo, Lukaku despontava como um possível artilheiro do torneio. Marcou quatro gols nos dois primeiros jogos da Bélgica. Contra Japão e Brasil, nas oitavas e quartas de final, respectivamente, mostrou um outro poder: o de se movimentar rapidamente e abrir espaços para os companheiros. O jogo coletivo faz do jogador do Manchester United uma das principias apostas belga para vencer a França. A disputa com Harry Kane pela artilharia da Copa fica em segundo plano.
Acostumado a jogar como centroavante, próximo à área e mais centralizado, o goleador confundiu totalmente a marcação brasileira no jogo da última sexta-feira: jogou pelo lado direito do ataque belga, muitas vezes partindo na velocidade de trás do meio-campo e abrindo espaços cujos meias do Brasil não conseguiram fechar. O mapa de calor do jogador contra a Seleção, captado pelo Footstats, mostra isso:
Contra o Japão, sua movimentação e corta-luz foram determinantes para Chadli mararam o gol que decretou a virada e classificação belga por 3 a 2. Atualmente, são quatro gols marcados por Lukaku. Dois a menos do que o atacante Harry Kane, da Inglaterra, que disputa a semifinal da Copa do Mundo contra a Croácia. Embora seja centroavante, em algumas entrevistas Lukaku já declarou que prefere dar assistências e ajudar o time do que marcar.
- Não vim aqui para pensar em mim. Todo mundo me conhece e sabe que sou um marcador. Para mim, é a equipe que importa, e que ela aproveite este momento - disse o centroavante, autor de passe decisivo para De Bruyne finalizar em cima de Marcelo e passar por Alisson, marcando o segundo gol da Bélgica contra o Brasil.
E o pensamento coletivo de Lukaku tem razão de ser: o atacante quer fazer história com a Bélgica e ser lembrado como um vencedor. Para isso, depois de conquistada a árdua vaga contra o Brasil, o próximo adversário é a França, nesta terça-feira, em São Petersburgo. Para depois, quem sabe, se encontrar com a Inglaterra na grande final - ou, talvez, com a Croácia de Luka Modric.