Dadá Maravilha elege Jesus como sucessor e se preocupa com Neymar

Campeão da Copa de 1970 com a Seleção, ex-jogador elogia estilo do atacante do Manchester City, exalta trabalho de Tite e teme que rivais marquem pé direito do camisa 10

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Uma presença ilustre cativou a cobertura da imprensa nesta quarta-feira na Granja Comary, em Teresópolis. Sempre bem humorado e folclórico, Dadá Maravilha deu o ar da graça e foi abordado pela reportagem do LANCE! para saber qual era sua expectativa sobre a Copa do Mundo de 2018.

Campeão do Mundo em 1970, Dadá, que não tem papas na língua, já elegeu quem pode ser, entre os 23 convocados por Tite para a Copa da Rússia, o seu sucessor com a camisa verde e amarela: Gabriel Jesus.

- O Jesus tem uma técnica muito mais apurada que minha. Ele apresenta um futebol mais vistoso, tabela. Agora, finalizar igual ao Dadá não existe (risos). Mas podemos dizer que ele está no caminho para ser meu sucessor (risos) - divertiu-se.

Dadá mostrou confiança em uma boa campanha brasileira nesta edição da Copa. A possibilidade de título existe, na avaliação dele, sobretudo pela chegada de Tite ao comando da Seleção.

- Estou muito animado com o trabalho do Tite. E ele fez uma coisa que ganhou o meu coração: ele conversou por duas horas com o Gérson, que jogou comigo em 1970. Tenho certeza que ele aprendeu muito com ele nesse papo. Gérson deve ter dado dicas para ele da Seleção de 1970. Não é vergonha tentar copiar o que é bom. Eu mesmo, dentro daquele time, via uma jogada que deu muito certo entre o Gérson e o Jairzinho. E levei e aprimorei no Atlético-MG. Fui campeão por onde passei por sempre me aprimorar e treinar muito. Por isso virei o Dadá Maravilha - destacou.

Mesmo confiante em uma boa campanha do país na Rússia, Dadá vê um adversário em específico mais preparado que o Brasil: a Alemanha.

- Vejo eles um pouco na frente nesse quesito. Se tivesse que te elencar uma ordem de favoritos ao Mundial seria Alemanha, Brasil e Espanha - opinou.

Contudo, não são os atuais campeões mundiais que tiram o "sono" de Dadá. Dois pontos o ex-atacante fez questão de frisar para alertar a comissão técnica da Seleção: o jogo em linha e a perseguição ao pé direito de Neymar

- O Brasil está jogando em linha. É um defeito muito grande Se eles pegarem um time que tiver um cara com o estilo de jogo o Dadá será fatal.  Mas me preocupa também o fato dessa contusão do Neymar, que ninguém quer falar muito, mas foi grave. E pode ser uma lesão que os adversários podem querer aproveitar. Por isso o grupo e a comissão precisam protegê-lo. Ele tem sangue quente e não pode ser que nem Mike Tyson (risos) - finalizou.

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