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Estrela da Inglaterra, Sterling dá detalhes de sua infância

Em entrevista ao 'Player's Tribune', atacante conta como teve que superar diversos obstáculos para atingir seus sonhos, algo semelhante com os jogadores brasileiros

Raheem Sterling da Inglaterra
Sterling é um dos destaques da Inglaterra na Copa do Mundo (Foto: BEN STANSALL / AFP)

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Se tornar um jogador de futebol não é uma tarefa fácil, principalmente no começo da carreira. Com Sterling, atacante da Inglaterra não foi diferente. O "Player's Tribune" publicou um texto com diversos detalhes da infância do jogador, que pela história poderia ter acontecido no Brasil.

Nascido na Jamaica, Sterling não teve uma infância fácil. Quando tinha apenas dois anos, seu pai foi assassinado. A mãe se mudou para a Inglaterra sozinha e depois que estava empregada, voltou para busca-lo, junto com os irmãos.

- Eu me lembro de ver as outras crianças com as suas mães e de sentir inveja disso. Eu não entendia bem o que minha mãe estava fazendo por nós. Eu sabia apenas que ela tinha ido embora (...) Eu não percebi na época, mas o que a minha mãe estava fazendo era pavimentar nosso caminho, tentando uma vida melhor pra gente - contou Sterling.

O jogador também destacou que era muito ruim na escola e que aos 11 anos teve tomar decisão que afetaria a sua vida completamente, da mesma maneira acontece com muitos brasileiros. Com um grande apoio da mãe, Sterling foi jogar no Queens Park Rangers.

- Quando eu tinha 10, 11 anos, estava sendo observado por olheiros de todos os clubes de Londres. O Fulham queria me levar. E então veio o Arsenal. Lógico que queria ir para o Arsenal. Minha mãe, que é a pessoa com mais conhecimento que conheço, disse: "Filho, eu te amo. Mas eu não acho que você deveria ir para o Arsenal. Lá, você estará entre uns 50 garotos tão bons quanto você. Você será apenas um número. Você precisa ir para um lugar onde estará sempre no topo" - afirmou.

No Queens Park Rangers, Sterling enfrentou o problema da distância. Para chegar ao treino, tinha pegar três ônibus todos os dias. O jogador contou que as coisas começaram a melhorar quando foi chamado para o Liverpool, onde foi destaque nas categorias de base e no time principal.

- Esse foi provavelmente o momento mais importante da minha vida. Minha missão era conseguir um contrato decente para que minha mãe e minha irmã não tivessem mais preocupações. O dia que eu comprei uma casa para minha mãe, aquele foi provavelmente o dia mais feliz da minha vida - declarou.

Com 23 anos, Sterling tem a dura missão de vestir a camisa 10 da Inglaterra. O jogador vai para a sua segunda Copa do Mundo e é um dos destaques do Manchester City, mas em casa não está entre os favoritos.

- Minha irmã adora o Salah. Ela canta a música do "rei egípcio" e sai correndo pela casa - completou.

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