Favorita?! França tenta apagar baque da Euro-2016 com bi na Rússia
Assim como aconteceu quando foi anfitriã do último torneio do Velho Continente, Bleus chegam como os mais cotados ao título nesta Copa do Mundo. L! analisa as mudanças
Antes do início do Mundial da Rússia, quatro países foram alçados ao posto de principais postulantes ao título. Três (Espanha, Alemanha e Brasil) já caíram. O único remanescente é a França, que chega para a fase semifinal como a principal favorita ao título nesta Copa do Mundo. Um cenário não tão distante da história recente dos Bleus. Mas, na Eurocopa de 2016, onde eram anfitriões, fracassaram diante de uma conquista "certa". Mas uma chance de redenção reaparece no horizonte francês. E muita coisa mudou de lá para cá.
Primeiramente a equipe titular. Só para se ter uma ideia, apenas quatro jogadores do time atual considerada ideal (Lloris, Umtiti, Pogba, Griezmann e Giroud) iniciaram a decisão diante de Portugal. As principais mudanças nos 11 iniciais de Didier Deschamps estão nas laterais (Pavard e Lucas Hernández nas vagas de Sagna e Evra), o surgimento de Mbappé, a entrada de Kanté no meio, a mudança de posicionamento do camisa 7 dos Bleus, que atuava mais avançado na Euro (agora joga um pouco mais centralizado no meio de campo) e a presença de Varane na zaga.
A relação dos convocados também sofreu uma alteração significativa. No total, apenas nove jogadores que estavam na última Euro estão defendendo a França na Rússia. Outros 12 (o goleiro Areola, os defensores Kimpebe, Pavard, Sidibé, Mendy e Lucas Hernández, os meias Lemar, Tolisso e Nzonzi, e os atacantes Dembelé, Mbappé, Fekir e Thauvin) ajudaram neste processo de evolução dos Bleus para o principal torneio de futebol entre nações.
A ressaca pela derrota dentro de casa trouxe também maturidade ao time. O caminho até esta semifinal, considerando o primeiro confronto pós-vice da Eurocopa, foi de mais acertos que erros: foram 20 jogos com 14 vitórias, seis empates e apenas duas derrotas. Resultados que ajudaram a consolidar o atual grupo. Tanto que nesta Copa do Mundo foram quatro vitórias e um empate, com nove gols favoráveis e apenas quatro (sofrido em dois jogos) contra.
O próprio histórico da França contra o seu próximo adversário, a Bélgica, em Mundiais, é favorável: são duas vitórias (3 a 1 em 1938, e 4 a 2 na disputa do terceiro lugar de 1986). Tudo isso faz do discurso francês uma mistura de otimismo e confiança para os dois jogos que os separam da conquista do bi.
- Enfrentamos a Argentina e o melhor jogador do mundo não viu a cor da bola. Diante da Bélgica queremos repetir o que fizemos diante da Argentina e do Uruguai. E isso pede que não podemos deixar espaços para o Hazard criar jogadas. Vamos seguir confiantes na busca do nosso objetivo máximo - disse o lateral Lucas Hernández.
Mais cascuda, renovada, em crescimento e ciente do seu posto de principal favorita no momento. Só depende da França, agora, confirmar tudo isso e assegurar o bicampeonato na Copa da Rússia. E o passado será esquecido.