A festa que vale mais do que a vaia: uma típica tarde de Copa no Lujniki
Mais de 78 mil pessoas foram ao estádio em Moscou ver Dinamarca 0x0 França. Se o resultado e o futebol não agradaram, a confraternização das torcidas foi algo marcante
Se o jogo deixou a desejar e franceses e dinamarqueses ouviram vaias de boa parte dos mais de 78 mil presentes no Lujniki, o ambiente que antecedeu o empate em 0 a 0 entre Dinamarca e França é aquele que exemplifica o tal "clima de Copa do Mundo". Uma mistura de culturas, com boa participação dos brasileiros, transformou o entorno do estádio da final do Mundial em uma grande festa na tarde de calor desta terça-feira, em Moscou.
Uma das cenas que marca a mistura de nacionalidades: no estande de uma marca de cerveja norte-americana, garotas russas dançavam ao som de "Ai Se Eu Te Pego", do brasileiro Michel Teló, cercadas de franceses, dinamarqueses, russos, outros tantos torcedores de diversos países e, claro, brasileiros. Muitos brasileiros. Na véspera de Brasil x Sérvia em Moscou, o Lujniki foi invadido por verde, amarelo e outras cores: Flamengo, Corinthians, Palmeiras, São Paulo, Grêmio, Botafogo e Coritiba, por exemplo, foram camisas de clubes que a reportagem identificou. Durante o monótono empate, o grito de "mil gols", música da torcida brasileira que exalta Pelé e provoca Maradona, foi ouvido.
A festa no Lujniki contou com confraternização de franceses e dinamarqueses, que dividiram a cerveja nos bares do estádio e duelavam na hora de soltar a voz. Gritos de incentivo em dinamarquês eram rebatidos com a Marselhesa.
Um grupo de dinamarqueses, de tanto berrar, já com algumas doses de cerveja, virou "ponto turístico" para outros torcedores em busca de fotos.
Foi uma típica tarde de Copa no Lujniki. Daquelas que quem esteve presente vai guardar para sempre. Mesmo sem ter visto gols e vaiando o primeiro empate em 0 a 0 da Copa do Mundo de 2018. Apenas um detalhe...
