Remanescente do título mundial em 2018, Benjamin Pavard chegou ao Qatar como titular da seleção da França, mas, após três rodadas da fase de grupos da Copa do Mundo, o camisa 2 caiu para a terceira posição na hierarquia da posição, com Didier Deschamps preferindo usar os zagueiros Koundé e Disasi a escalá-lo. A barração deixa dúvidas no ar.
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- Tive várias trocas (com Pavard) e considero que ele não está de boa fase. Você vai me perguntar: É físico? É mental? Óbvio que o primeiro jogo não o ajudou. É por isso que fiz uma escolha diferente - tentou explicar Didier Deschamps após a derrota para a Tunísia.
O primeiro jogo, citado por Deschamps, foi na vitória sobre a Austrália, que saiu na frente em lance que teve início no lado oposto de Pavard, mas acabou com Goodwin aparecendo nas costas do lateral-direito para completar o cruzamento de Leckie. O camisa 2 também não conseguiu ir bem no ataque, e não jogou mais desde então.
Na partida seguinte veio a primeira improvisação: Jules Koundé, zagueiro do Barcelona (ESP), foi titular na vitória sobre a Dinamarca. Depois do 2 a 1, Deschamps comentou:
- Pavard veio de uma partida muito complicada para ele, senti que era melhor preservá-lo nessa partida. Conversei bastante com o Koundé antes de fechar o time e sabia que ele estava pronto, mesmo que não seja a sua função preferida. Ele foi bem - disse o técnico.
Koundé foi o único atleta francês a receber cartão amarelo e, portanto, a sua ausência diante da Tunísia, com os Bleus já classificados, era natural. Surpreendente foi a escalação de Axel Disasi, zagueiro de 24 anos do Mônaco que fez sua estreia pela seleção da França e atuou os 90 minutos contra a Tunísia, nesta quarta, como lateral.
A situação do camisa 2 repercute na imprensa do país. O jornal "L'Equipe" publicou reportagem sobre o tema, na qual cita que o técnico não gostou da "linguagem corporal" de Pavard na partida contra a Austrália e que o lateral teria "desrespeitado instruções".
Internamente, o "abatido" Pavard recebeu o apoio de Hugo Lloris e Olivier Giroud, dos dois principais líderes do vestiário francês. Fica a dúvida se até domingo, quando os Bleus enfrentam a Polônia pelas oitavas de final da Copa do Mundo, o camisa 2 recupera a confiança do comandante ou a França terá um zagueiro improvisado na lateral direita.