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Copa do Mundo 2022: Marcus Thuram é legado do pai e ídolo da França em campo e contra o racismo

Convocado para o Mundial como o 26º nome de Didier Deschamps, Marcus Thuram é filho do histórico defensor Liliam Thuram, jogador com mais atuações na história da França

Marcus Thuram - França Copa do Mundo
imagem cameraMarcus Thuram, filho do lendário zagueiro Lilian Thuram, defenderá a França no Mundial (Foto: Franck Fife/AFP)
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Doha (QAT)
Dia 16/11/2022
12:48
Atualizado em 17/11/2022
07:00

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Convocado como o 26º jogador da lista de Didier Deschamps, Marcus Thuram é umas caras novas da geração francesa que disputará a Copa do Mundo do Qatar. O sobrenome, contudo, já entrega a origem do atacante de 25 anos, destaque do Borussia M'Gladbach (ALE). Filho da lenda Lilian Thuram, Marcus segue o legado do pai dentro de campo, mas também fora dele, na luta contra o racismo.

Campeão do mundo em 1998 e atleta com mais partidas pelos Bleus, Lilian Thuram tornou-se um dos principais ativistas contra o racismo no âmbito do esporte. Do pai, Marcus herdou o engajamento e  já se posicionou em momentos importantes da carreira. Em 2020, aos 22 anos, foi um dos primeiros a se ajoelhar em campo, após marcar um gol na Bundesliga, em protesto à morte do americano George Floyd.

- É claro que, por ser um jovem jogador negro, isso (o racismo) me preocupa. É necessário lutar, e tenho muito orgulho do que meu pai fez para evoluir as coisas. Não fui vítima pessoalmente do racismo no futebol, mas somos testemunhas pelas redes sociais e quando vemos jogos na tv - disse Marcus Thuram, NA época, em entrevista à AFP.

Lilian Thuram, nascido em Guadalupe, um território francês e ilha no mar do Caribe, mudou-se para o subúrbio de Paris em 1981, aos nove anos, com a família. Em 1998, foi um dos símbolos da seleção francesa que conquistou o mundo pela primeira vez. A geração ficou marcada como a seleção “black-blanc-beur” (negra-branca-árabe, em tradução livre), pela multietnicidade entre os jogadores campeões.

Após a vitoriosa carreira como jogador, tantos pelo Bleus quanto por clubes como Juventus e Barcelona, Lilian Thuram tornou-se um porta-voz da luta contra o racismo. Em 2009, fundou a Fondation Lilian Thuram - Éducation Contre le Racisme (Educação Contra o Racismo), fundação que tem como pilar a mensagem sempre repetida por Thuram: "As crianças não nascem racistas. O preconceito é ensinado".

A descendência e a luta antirracista não foi o que levaram Marcus Thuram ao Qatar, contudo. Em sua quarta temporada pelo Borussia M'Gladbach, o atacante está adaptado ao futebol alemão e soma 13 gols e quatro assistências em 17 partidas na atual temporada.

Thuram, com quatro jogos na seleção principal, não era convocado desde a Eurocopa, em junho de 2021. Assim, sua convocação, como 26º nome de Didier Deschamps, foi uma surpresa. Em meio às estrelas, como Karim Benzema e Kylian Mbappé, o jovem buscará conquistar seu espaço e ter alguns minutos em campo no Mundial.

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