Os jogadores e os membros da seleção da França, que representarão o país na Copa do Mundo do Qatar, publicaram uma carta nesta terça, assumindo um compromisso de apoiar ONGs de direitos humanos através do "Génération 2018", fundo criado após a conquista do título na Rússia para financiar ações de impacto social.
+ Conheça todas as bolas usadas nas Copas do Mundo desde 1930
- Queremos reforçar nosso compromisso com o respeito aos direitos humanos e nossa rejeição a qualquer tipo de discriminação. Decidimos, portanto, apoiar ONGs que trabalham na proteção dos direitos humanos, através da "Génération 2018", fundo o qual todos jogadores da seleção de 2022 e membros do estafe estão associados.
A carta foi publicada no dia seguinte à entrevista do capitão Hugo Lloris, que, ao anunciar que não usaria braçadeira nas cores do arco-íris, afirmou que iniciativas seriam colocadas em prática em breve.
Na carta - confira a publicação na íntegra abaixo -, os jogadores destacam que a "Copa do Mundo é um objetivo de vida e um sonho", e que todos estão determinados em defender o título "com dignidade" e, por vestirem a camisa da França, estão "profundamente ligados ao lema do país: Liberdade-Igualdade-Fraternidade".
No mais, explicam que a decisão foi tomada após ouvirem os vários alertas de ONGs e associações sobre o tema e o "contexto conturbado desta Copa do Mundo", com várias denúncias de violações aos direitos humanos no Qatar.
Por fim, os jogadores e membros da seleção manifestam que irão ao país "jogar futebol e dar prazer ao público na França e em todos lugares" que gostam do futebol, cientes da "responsabilidade de garantir o respeito pelos direitos humanos e meio ambiente".