Hino da França é xenófobo? Entenda a polêmica com a “Marselhesa” na Copa do Mundo
Benzema tem costume de ficar em silêncio durante execução do hino nacional. Outros jogadores podem seguir o exemplo no Qatar
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Um dos principais símbolos da França, a famosa “Marselhesa” tocará pela primeira vez no Qatar nesta terça-feira, antes do duelo com a Austrália. O hino nacional, no entanto, é alvo de críticas por parte da população e já virou alvo de polêmica durante uma edição de Copa do Mundo. Abaixo, o LANCE! relembra e explica este caso.
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No Mundial de 2014, no Brasil, Karim Benzema virou notícia ao não cantar a “Marselhesa” antes dos jogos da França. A ação foi um protesto silencioso do atacante contra a xenofobia presente na letra e na sociedade multicultural da França. A crítica remete à história do hino nacional.
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A canção é, antes de tudo, um hino de guerra. Foi criada em 1792 e se popularizou durante a revolução francesa. O hino é um estímulo militar aos soldados que combatiam na fronteira do país e fala em combate aos estrangeiros. Vale destacar que Benzema é filho de imigrantes da Argélia, uma das antigas colônias francesas.
- Às armas, cidadãos/ formai vossos batalhões/ marchemos, marchemos! / Que um sangue impuro / banhe o nosso solo - diz o refrão.
O jogador não foi o primeiro a se manifestar de forma contrária ao hino francês. Também de origem argelina, o ídolo Zinedine Zidane também tinha problemas para cantar o hino com o mesmo fervor que os companheiros. Franck Ribery, Michel Platini e Christian Karembeu são outros exemplos de atletas críticos do hino.
Existe na França, inclusive, uma organização chamada “La Nouvelle Marseillaise”, que defende a alteração da letra para tornar o hino mais apropriado à França moderna, pacífica e multiétnica.
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