OPINIÃO: Com decepção e pouco futebol, Grupo D simboliza bem a Copa do Mundo até aqui
Nos seis jogos, coube a França os raros momentos de bom futebol. A Tunísia ficou com as emoções, enquanto Dinamarca e Austrália amargaram desempenhos ruins e morosos
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O Grupo D da Copa do Mundo teve minutos finais emocionantes, com a Tunísia vencendo de forma histórica a França, mas sendo eliminado por conta da vitória da Austrália sobre a Dinamarca, no outro jogo. Mas a tônica da chave foi outra. Ao longo dos seis jogos do Mundial, as seleções protagonizaram poucos momentos de bom futebol aos torcedores. Um cenário que representa bem os outros grupos e os 40 jogos da Copa até o momento.
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A começar pela seleção da Dinamarca, de Christian Eriksen, que pode ser considerada a grande decepção da Copa do Mundo até aqui. Os dinamarqueses chegaram ao Qatar cercados por expectativas e apresentaram um futebol ruim nas três partidas - a fim de ser bem claro. O coletivo não funcionou em momento algum, tampouco as individualidades.
Nem mesmo Eriksen, dono de uma das histórias mais emocionantes da Copa e jogador que mais correu nas três jogos da Dinamarca, foi capaz de impedir a apatia do time, que se despede do torneio com um gol marcado - em escanteio -, duas derrotas e um empate.
A França, já classificada, abriu mão da rodada final a fim de preservar seu elenco, mas foi a responsável pelos melhores (e únicos) momentos de futebol do Grupo D. As vitórias incontestáveis sobre Austrália e Dinamarca foram acompanhadas de um volume ofensivo impressionante, que explica o favoritismo do time de Mbappé, Griezmann e companhia.
Os Bleus seguem no torneio e não devem ter dificuldades diante da Polônia nas oitavas de final. A segunda colocada do Grupo C, que iria avançar por conta do "saldo de cartões" até um gol da Arábia Saudita, apresentou futebol tão empolgante quanto a Austrália.
Após a estreia na qual marcou um belo gol e não mostrou qualquer resistência defensiva a França, a Austrália venceu por 1 a 0 os outros dois times da chave e avançou com méritos. A festa dos australianos, que lotaram as ruas na madrugada de seu país, é justa, mas o futebol apresentado pela seleção de Graham Arnold não enche os olhos. Desta forma, os Socceroos não devem ter vida longa na Copa: encaram a Argentina no sábado.
A Tunísia deixa o Mundial de "cabeça em pé". Mais corajosa do que a Dinamarca e a Austrália, foi premiada com a vitória histórica sobre a seleção do país que a colonizou até 1956. O destaque ficou para o golaço de Khazri, um dos 10 tunisianos nascidos no território francês, e a sua entrevista pós-jogo, na qual ressaltou o orgulho de seu país.
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