OPINIÃO: França tem mais sorte do que juízo em ‘ambiente hostil’ que se repetirá na final da Copa do Mundo
Na decisão de domingo, contra a Argentina, os Bleus atuarão mais uma vez como "visitantes" e serão pressionados pelos milhares de torcedores alvicelestes no Estádio Lusail
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A França confirmou o favoritismo e defenderá o título mundial contra a Argentina, neste domingo. A vitória por 2 a 0 sobre Marrocos, contudo, certamente está entre os resultados mais mentirosos da Copa do Mundo. A seleção de Didier Deschamps não foi capaz de impor seu estilo de jogo e foi pressionada pelo time do técnico Walid Regragui. Com mais sorte do que juízo, os Bleus sobreviveram ao "ambiente hostil" protagonizado pela torcida rival, fato que se repetirá no domingo.
Assim como os marroquinos, os argentinos estão em peso em Doha, no Qatar, e tomarão conta das arquibancadas do Estádio Lusail, o transformando em Bombonera, Monumental ou qualquer outra "cancha" de Buenos Aires de sua preferência. Diante de uma adversário mais qualificado, a França precisará recuperar o bom futebol se quiser superar o time de Scaloni e conquistar o Tri do Mundial.
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Se a presença de mais de 40 mil argentinos esperada no Lusail é um obstáculo, há outras boas notícias para a França dentro de campo. Após a vitória sobre o Marrocos, Didier Deschamps mostrou confiança na recuperação de Rabiot e Upamecano para domingo. O segundo foi bem substituído por Konaté, outro zagueiro de alto nível, mas a entrada de Fofana não supriu a ausência do volante, nome fundamental para o funcionamento do setor ao lado de Tchouaméni e Griezmann.
Os números da partida são provas da dificuldade francesa diante do Marrocos. Os africanos tiveram 55,5% de posse de bola e finalizaram 13 vezes, os maiores índices de todas seleções contra a França nesta Copa do Mundo, com exceção da Tunísia, em jogo que Deschamps escalou reservas.
Foi aí, contudo, que entrou a "sorte". Os marroquinos só acertaram a meta uma vez - e lá estava Hugo Lloris. O goleiro, inclusive, foi um dos grandes nomes da França e confirmou o bom Mundial que vem fazendo, apesar dos questionamentos e de certa insegurança nas saídas em bolas aéreas.
É difícil de imaginar que a Argentina de Messi e Julián Alvárez seja tão ineficiente quanto Marrocos. Por outro lado, fica a dúvida se a França, de Mbappé, Griezmann e companhia, irá recuperar o nível e o controle de jogo após duas partidas, contra Inglaterra e Marrocos, nas quais flertou com a derrota, mas encontrou forças e talento para vencer. De toda forma, uma grande decisão de Copa do Mundo é esperada para domingo com uma certeza: uma das seleções será tricampeã mundial.
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