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Presidente da federação de futebol da França afirma: ‘Qatar é um país amigo’

Noel Le Graet voltou a falar sobre as questões extracampo envolvendo o país sede da Copa

Noel Le Graet, presidente da federação francesa de futebol, e Nasser Al Khelaifi, presidente do Paris Saint-Germain
imagem cameraNoel Le Graet, presidente da federação francesa, e Nasser Al Khelaifi, presidente do PSG (Foto: Franck Fife/AFP)
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Doha (QAT)
Dia 27/11/2022
09:32
Atualizado em 27/11/2022
10:02

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A escolha do Qatar como país sede da Copa do Mundo e as denúncias de violações de direitos civis e humanos no país voltaram a ser tema em entrevista de Noel Le Graet, presidente da federação francesa de futebol, neste domingo. O dirigente reforçou que as relações entre os países "são satisfatórias".

- O Qatar não é um país inimigo, é um país amigo - afirmou Noel Le Graet em entrevista à rádio FranceInfo.

A declaração de Noel Le Graet foi dada no dia seguinte à vitória da França sobre a Dinamarca, que garantiu a classificação antecipada dos Bleus às oitavas de final do Mundial. No dia do jogo, quem se manifestou foi o presidente Emmanuel Macron, em seu Twitter - veja mais abaixo.

Noel Le Graet, na última semana, já havia se manifestado em apoio à decisão da Fifa, que vetou a utilização da braçadeira de capitão "One Love", em apoio à causa LGTBQIA+, a qual seria utilizada por alguma seleções europeias. Segundo o dirigente, o papel da delegação francesa no Qatar é "ter um bom comportamento em campo e deixar uma boa imagem do país", enquanto "observa o que está acontecendo e, talvez, se posicionar no retorno".

Sobre a criminalização da homossexualidade, Noel Le Graet admitiu que "há coisas a serem mudadas, as quais serão ao longo do tempo. Houve avanços, mas ainda se está longe do que é praticado na Europa, mas é válido em muitos países", disse o dirigente, que ainda lembrou que em muitos outros países os direitos humanos também não são respeitados.

A discussão sobre as violações aos direitos humanos no Qatar é antiga e, com o início da Copa do Mundo, voltou a ser tema nas entrevistas de vários dirigentes, políticos, jogadores e técnicos envolvidos no Mundial. A federação de futebol da Dinamarca, por exemplo, estuda a desfiliação da Fifa e não apoiará a reeleição do presidente Gianni Infantino.

Confira a publicação feita pelo presidente da França, Emmanuel Macron, no sábado.

"Em um mundo que enfrenta uma série de crises, devemos proteger o espírito do esporte. O esporte deve oferecer um espaço para unir as pessoas, em torno de valores universais.

Esta Copa do Mundo de futebol, a primeira organizada em um país árabe, é um sinal de mudanças tangíveis em curso. O Qatar está indo nessa direção. Tem que continuar, e pode contar com o nosso apoio.

A todas as seleções e nações representadas: a cada gol marcado, gritos de alegria reverberam em todo o mundo. Então vamos torcer juntos!

E… Allez les Bleus!"

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