Passando por um caminho complicado no mata-mata, a França terá pela frente na semifinal um dos duelos mais complicados dessa Copa do Mundo. O confronto contra a Bélgica não será difícil apenas pela qualidade dos jogadores, mas também pelo encontro com um velho conhecido: o ídolo francês Thierry Henry, hoje segundo assistente técnico do treinador espanhol Roberto Martínez.
Se antes o coração dos franceses estava acostumado a vibrar com o maior artilheiro da seleção, com 51 gols em 123 partidas pelos Bleus, na terça-feira a Henry terá outra missão pela frente: ajudar os belgas a chegarem em sua primeira final de Copa do Mundo na história.
– É estranho ter Henry contra nós. Aprendi muito com ele na minha carreira. Ele tem a oportunidade de estar no seio de uma equipe que tem uma bela geração. Está lá para aprender, para progredir como treinador. É uma lenda do futebol francês. Temos muito respeito pelo que ele fez, mas não vamos pensar nisso, vamos nos concentrar no campo, no jogo – disse Giroud, que jogou com Henry no Arsenal.
Henry reencontrará alguns antigos companheiros no duelo em São Petersburgo. Além do próprio Giroud, ele levantou o título em 98 com Didier Deschamps, capitão naquela ocasião. Entre os recordes do hoje auxiliar belga, estão as quatro edições de Mundial, jogador com mais partidas em Copas, com 17, e o segundo maior goleador da França em Mundiais, com seis gols e atrás de Just Fontaine, que tem 13.
– Ele foi um grande jogador, todos sabem. Não estamos pensando nele. Estamos focados no jogo. Felizmente Henry estava no banco e não em campo jogando porque ele foi um grande jogador - disse Pavard.
Thierry Henry se aposentou em 2014, aos 37 anos, após uma passagem pelo RB Nova Iorque, dos EUA. Ele foi contratado pela Bélgica em agosto de 2016, quando o espanhol Roberto Martínez assumiu o cargo de técnico, em substituição a Marc Wilmots.