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Guardado na história: meia atinge marcas no México e projeta triunfo

Segundo jogador que mais vestiu a camisa da seleção e com a rara bagagem de quatro Copas do Mundo, capitão sonha em buscar as quartas de final após 32 anos no país

Guardado com o México na Rússia
imagem camera(Foto: AFP/YURI CORTEZ)
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Lance!
Enviado especial a Moscou (RUS)
Dia 29/06/2018
12:37
Atualizado em 30/06/2018
06:00

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Andrés Guardado, meia de 31 anos e que veste a braçadeira de capitão quando Rafael Marquez não está em campo, deu passos importantes na Rússia para marcar ainda mais seu nome na história da seleção do México. O atleta entrou em uma seleta lista de jogadores que foram a campo em quatro Copas do Mundo: 2006, 2010, 2014 e 2018. No seu país, apenas Marquez, com cinco Copas (02, 06, 10, 14 e 18) e o ex-goleiro Antonio Carbajal, também com cinco (50, 54, 58, 62 e 66) estão à frente, marca esta que só mais um atleta no mundo conseguiu: Lothar Matthäus, pela Alemanha. O jogo de segunda-feira, contra o Brasil, pelas oitavas de final, será o 12o de Guardado em Mundiais pelo México.

Na Seleção Brasileira, por exemplo, jogaram partidas em quatro Copas do Mundo diferentes somente três jogadores: Pelé, Djalma Santos e Cafu. 

O atleta do Bétis já é o que mais vestiu a camisa mexicana entre os 23 convocados, à frente do veterano e ídolo Marquez: 150 partidas contra 148 do zagueiro, que é reserva e entrou nos duelos contra Alemanha e Suécia. Marquez jogou 18 vezes em Copas e Carbajal, 13. Aí aparece Guardado (11).

Em toda história da seleção tricolor, apenas Claudio Suárez, entre 1992 e 2006, com 177 jogos, jogou mais do que o atual camisa 18. Andrés é um dos símbolos da atual geração, que quer ficar marcada por passar das oitavas de final da Copa do Mundo pela primeira vez desde o Mundial em casa, em 1986 (já são seis eliminações seguidas nesta fase, desde a Copa de 1994).

Com respostas claras e sem rodeios, Guardado foi à sala de imprensa do México no CT do Dínamo, em Moscou, base de seleção, na última sexta. Falou com a personalidade de um capitão, sem vacilar ao dizer que Neymar "se joga muito", mandando recado para árbitros de campo e de vídeo na segunda. Respondeu também sobre sua história com a camisa mexicana, que ele pode vestir pela última vez em uma Copa no duelo contra os brasileiros.

- O que nos motiva não é a possibilidade de ser a última partida em uma Copa. O que nos motiva é estar nas oitavas de final contra o Brasil, a um jogo de chegar nas quartas. Não passa pela cabeça que possa ser meu último jogo pela seleção no Mundial. O que me motiva é ter passado por um grupo muito difícil, está nas nossas mãos para ficarmos em um grande cenário, quem sabe chegar à nossa quinta partida na Copa - afirmou o meia da seleção.

O México deixou o país para viajar à Rússia sob críticas de torcedores e da imprensa. Um vídeo polêmico após o último amistoso, com alguns atletas numa festa com garotas de programa, também aumentou a polêmica em torno da seleção. É nítida a relação de amor e ódio na relação entre mídia e atletas.

- Como mexicanos, por mais que tenham nos criticado, querem que a gente ganhe e venha algo positivo. Estou convencido de que todos que são mexicanos, por mais que não confiem e nos critiquem certas vezes, querem nos ver ganhar - afirmou Guardado.

O meia foi convocado pela seleção pela primeira vez em 2005. No ano seguinte, na Copa da Alemanha, fez seu primeiro e único jogo em Mundiais. Guardado foi a campo três vezes em 2010, mais quatro em 2014 e participou de todos os jogos com Juan Carlos Osorio na Rússia. Ele jogou os 90 minutos no empate em 0 a 0 contra o Brasil, em Fortaleza, há quatro anos, quando Ochoa, goleiro que segue como titular, foi o melhor em campo com grandes defesas.

Andrés Guardado começou a carreira no Atlas, do México, onde jogou de 2005 a 2007. Depois, partiu para a Europa, continente no qual defendeu as camisas de Deportivo La Coruña (ESP), Valencia (ESP), Bayer Leverkusen (ALE), PSV (HOL) e Real Bétis (ESP), clube que joga desde 2007.

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