Não é só no ataque que o técnico da Inglaterra, Gareth Southgate, tem dúvidas para escalar a sua seleção para o confronto deste domingo (4), contra Senegal, pelas oitavas de final da Copa do Mundo. A lateral direita e o meio-campo também tem as suas interrogações.
Mesmo não escalando os reservas no último jogo da fase de grupos contra o País de Gales, o treinador inglês realizou testes em alguns setores, onde o que mais lhe colocou pulga atrás da orelha foi o ofensivo, com Rashford e Phil Foden construindo a vitória por 3 a 0 e entrando de vez na briga pela titularidade com Saka e Sterling.
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Por sua vez, o triunfo diante dos galeses foi a possibilidade de Southgate testar a condição física de Kyle Walker, que não jogava desde o último dia 2 de outubro, quando distendeu a virilha em um jogo da Premier League, contra o Manchester United, e precisou passar por uma cirurgia. O jogador do Manchester City teve a convocação para a Copa ameaçada por conta da lesão, mas se recuperou a tempo de ficar apto a partir da segunda partida, contra os Estados Unidos. No entanto, contra os americanos, ele ficou somente no banco de reservas. Voltou contra Gales, onde atuou por 57 minutos.
Nos dois primeiros compromissos do English Team, Kieran Trippier foi o escolhido. A preferência de Gareth Southgate é por Walker, mas como ainda não se sabe se o atleta tem condições de atuar durante 90 minutos e a partir de agora o Mundial entra na sua fase mata-mata, onde qualquer erro pode custar caro, existem boas chances de Trippier ser o titular contra Senegal.
Já o meio-campo é a grande incógnita dos ingleses desde o início da Copa do Mundo. No ciclo até a competição, a posição não existia na formatação de Southgate, que vinha usando um sistema com três zagueiros, com os dois laterais à frente, na segunda linha, e dois volantes com qualidade de passe e marcação. Porém, no Mundial, o zagueiro Dier perdeu espaço para o meia Mason Mount nas duas primeiras partidas, em que o esquema adotado foi com duas linhas de quatro. Porém, o meio-campista do Chelsea não foi bem. Diante do País de Gales, o técnico da seleção inglesa testou Jude Bellingham mais próximo da área, com Jordan Henderson formando a dupla de volantes com Declan Rice. Essa ideia pode ser repetida contra Senegal.
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A titularidade de Jack Grealish foi tratada como uma possibilidade antes do jogo contra a seleção galesa, mas o atleta do Manchester City ficou entre os reservas e entrou no decorrer da partida pela terceira vez consecutiva nesta Copa do Mundo. Com isso, a tendência é que ele siga como uma espécie de ‘coringa’ na Inglaterra.
- Todos os rapazes me dizem no intervalo, se estamos empatando, para eu me certificar de estar pronto. E isso faz sentir que eles querem você, e me faz bem. Não estou sentado aqui dizendo que não quero começar, mas aprecio os outros talentos que temos no plantel. Acho que é difícil para o treinador, porque não importa o que ele faça, ele nunca vai vencer. Ele (Southgate) provou ser um gerente brilhante. Acho que às vezes os substitutos têm tanto papel a desempenhar quanto os titulares, porque eles entram e mudam o jogo - disse o próprio Grealish, em entrevista durante essa semana.
De volta ao time após perder os dois primeiros jogos da Copa por conta de dores no joelho, James Maddison tem o perfil de articulador ideal para esse sistema de jogo inglês. Mas por conta da forma física e de entrosamento, já que ficou fora dos convocados durante as duas temporadas e meia antes do Mundial, ele dificilmente terá espaço entre os titulares do English Team na competição.