Em busca de uma virada na Inglaterra, Henderson ainda remói frustrações recentes: ‘As derrotas sempre ficam’
Meia quer conquistar o primeiro título pela seleção após últimas temporadas com derrotas doloridas não só pelo English Team, mas também pelo Liverpool
Brigando pela manutenção no time titular da Inglaterra na Copa do Mundo, o meia Jordan Henderson está longe de ser uma unanimidade entre os que acompanham e torcem pela seleção. E essa rejeição pode ter bastante a ver com a inconsistência do jogador em relação a conquista de títulos.
Atleta do Liverpool, Hendo admite que ainda não digeriu a perda da Liga dos Campeões da última temporada, para o Real Madrid. Nem a do Campeonato Inglês, para o Manchester City. E nessa coletânea de frustrações também está uma pela Inglaterra: a derrota nos pênaltis para a Itália na final da Eurocopa, disputada no ano passado.
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- As derrotas sempre ficam. Me lembro mais delas do que das vitórias. Elas machucam mais. Essa é a parte em que você quer mudar as coisas e corrigi-las, mas nunca se livra desse sentimento - disse o meio-campista em sua autobiografia recém-lançada.
Até momentos de alegria, como a classificação da seleção inglesa às quartas de final da Copa do Mundo, em 2018, carregam certa frustração a Henderson. Isso porque ele foi o único do English Team a perder a sua cobrança na disputa por pênaltis, após empate em 1 a 1 no tempo normal.
- Tudo o que eu pensava era: ‘Nunca mais voltarei para a Inglaterra, é isso'. Sobre a minha carreira na Inglaterra? Como a vida existe? Como eu poderia voltar? Eu decepcionaria a nação inteira - escreveu o volante do Liverpool.
Henderson conta que, mesmo com a promoção, no dia seguinte ao duelo contra os colombianos ele foi até o campo para treinar pênaltis de forma obsessiva, a ponto do auxiliar técnico Steve Holland gritar para que parasse. No dia seguinte, o jogador acordou com dores na região da virilha e precisou passar por tratamento para disputar o restante da Copa.
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Mesmo com as decepções no futebol, Jordan Henderson guarda com carinho as suas medalhas e troféus de vice-campeão.
- Eu mantenho as minhas medalhas de vice-campeão. Poucos jogadores chegam às finais da Copa, então sempre respeitarei o processo de chegar lá. Mas quando você simplesmente perdeu seu sonho, pode doer muito, e é isso que leva a melhorar - destacou o meio-campista.
E mesmo com derrotas doídas, a maioria delas bem recentes, o futebol já mostrou a Hendo algumas respostas rápidas. Se ele, com o Liverpool, foi vice da Champions na temporada 2017/18, em 2018/19 chegou até a conquista. O mesmo aconteceu com a Premier League vencida em 2019/20, que havia batido na trave no ano anterior. Em ambas as situações, o meia era o capitão dos Reds e foi o responsável por levantar a taça.
Pela Inglaterra, Henderson já sentiu um gostinho de semifinal, na Copa de 2018, e final, quando foi vice-campeão da Euro 2020, disputada no ano passado, por conta da pandemia do novo coronavírus. Agora, aos 32 anos, como atleta mais velho da delegação e disputando a sua sexta competição internacional pelo English Team, sendo o terceiro Mundial, o volante busca responder às críticas retomando à titularidade e levando os Três Leões aos segundo título de Copa do Mundo da história do país.