Criticado e com sombras, Southgate dá respostas, mas tem dilemas com a Inglaterra na Copa

Decisões do treinador na estreia do Mundial deram certo, mas resultado na competição é que deve definir a continuidade no trabalho

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O técnico Gareth Southgate nunca foi unanimidade no comando da seleção da Inglaterra. Ainda assim, o profissional chegou à segunda Copa do Mundo consecutiva no comando do English Team e, na última segunda-feira (21), viu a sua equipe estrear nesta edição do Mundial goleando o Irã por 6 a 2.

E muito mais do que o resultado elástico, a vitória deu razão especial ao treinador inglês em algumas decisões nas quais ele sempre foi questionado: esquema de jogo, escolha de peças e mudanças no decorrer da partida. Tudo o que o técnico fez contra os iranianos deu resultado.

No ciclo de preparação para a Copa do Mundo de 2022, foi comum Southgate escalar a Inglaterra com três zagueiros e dois laterais, algo que era bastante reclamado no país. Porém, na estreia do Mundial, contra um time que viria com a proposta integralmente retraída, o técnico escalou os Três Leões com uma linha de quatro defensiva, e Mason Mount fechando o meio-campo.

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Em relação às escolhas técnicas, todas elas tiveram resultados práticos. Bellingham ganhou o espaço de Phillips, abriu o placar e foi um dos melhores em campo. Saka foi o escolhido em relação a Phil Foden e marcou dois gols. E até o zagueiro Harry Maguire, que é muito criticado na Inglaterra, mas é bancado por Gareth Southgate, foi bem - ainda que tenha falhado na marcação no primeiro gol iraniano, mas logo depois o atleta desabou, pois estava passando mal.

Outro ponto no qual Southgate é comumente criticado são as alterações no decorrer das partidas. Contra o Irã, das cinco alterações, três foram técnicas e dois desses atletas deixaram as suas marcas: Rashford e Grealish - as outras duas mudanças foram por questões físicas, com as saídas de Maguire e Kane. 

Mesmo com a vitória por goleada no primeiro jogo da Inglaterra na Copa do Mundo, Southgate não está plenamente satisfeito. Ele está preocupado em corrigir problemas defensivos e sabe que o English Team pode melhorar para ser campeão, algo que não acontece desde 1966 - único título de expressão da seleção inglesa.

Ainda assim, o treinador terá como dilema daqui para frente se mantém a decisão que tomou contra o Irã ou se retoma a ideia de uma escalação mais conservadora, principalmente quando enfrentar seleções de qualidade equivalente. 

SOMBRA

No ano passado, Gareth Southgate renovou o seu contrato com a Football Association até o fim de 2024. A ideia é que ele permaneça no comando da Inglaterra até a Euro, que será disputada na Alemanha. Porém, caso a campanha da Inglaterra seja decepcionante, fala-se muito em substituição no cargo.

De acordo com o jornal britânico ‘The Telegraph’, o argentino Mauricio Pochettino é o favorito para assumir o cargo, caso Southgate deixe o cargo após o Mundial. Em entrevista recente ao portal ‘The Athletic', o treinador disse que ‘está aberto’ para assumir o cargo na seleção inglesa, caso a oportunidade apareça.

Pochettino trabalhou na Inglaterra em sete temporadas, cinco no Tottenham e duas no Southampton (Foto: Pierre-Philippe Marcou / AFP)

- Claro, meu relacionamento com a Inglaterra sempre foi muito bom. Temos um relacionamento muito bom com as academias, tentando desenvolver jovens jogadores para a seleção. Eu me sinto tão confortável aqui. Você nunca sabe o que acontece. Estou aberto a tudo - afirmou o ex-técnico do Tottenham e Paris Saint-Germain.

De acordo com o periódico alemão ‘Bild’, outro nome que pode pintar no comando da Inglaterra em caso de fracasso do English Team na Copa é Thomas Tuchel, ex-treinador do Chelsea. Segundo a publicação, o profissional, que também passou pelo PSG, estaria se vendo no comando da seleção inglesa após o Mundial.

Em comum, Pochettino e Tuchel não estão empregados neste momento.

Recentemente dispensado no Chelsea, o alemão Thomas Tuchel foi campeão europeu com os Blues na temporada passada (Foto: DENIS LOVROVIC / AFP)
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