Inglaterra deve manter esquema tático ‘mais solto’ para enfrentar a França

No entanto, a definição passará pela condição de jogo de Declan Rice, que é dúvida por estar doente

imagem cameraGareth Southgate pode chegar a sua segunda semifinal de Copa pela Inglaterra (Foto: Paul Ellis/Inglaterra)
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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 07/12/2022
16:22
Atualizado em 07/12/2022
17:16
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O técnico da Inglaterra, Gareth Southgate, está convencido em manter o esquema tático que tem utilizado desde o início da Copa do Mundo. Se no ciclo até a competição o sistema adotado era com três zagueiros e os laterais por dentro (3-4-3), no Mundial o 4-3-3 foi a formação escolhida para os primeiros jogos e mantida até as oitavas de final.

A mudança tem agradado os ingleses, que eram críticos ao modelo conservador que Southgate usava, e deve ser mantida no duelo das quartas de final da Copa, mesmo com o adversário sendo a França, atual campeã e time a ser batido no torneio.

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Até aqui, a seleção inglesa enfrentou oponentes de menor poder técnico e que reconheceram isso na postura que adotaram em campo. Com exceção dos Estados Unidos, na segunda rodada da fase de grupos, os demais rivais da Inglaterra tiveram posse de bola amplamente inferior. Eles deram a bola para o English Team na maior parte do tempo e tentaram apostar nas saídas rápidas, o que não deu certo. Nesses três jogos, os ingleses somaram 12 gols marcados e uma média de 68% de posse de bola.

Até mesmo contra os estadunidenses, que tentaram jogaram mais em relação aos outros adversários, a superioridade da posse foi da Inglaterra, que teve 56% de controle do jogo, mas não conseguiu converter isso em gols. A partida terminou empatada em 0 a 0, com cada time tendo uma grande chance de marcar - sendo a melhor dos Estados Unidos, com Pulisic acertando a trave. 

Para o lateral-direito Kyle Walker, um dos mais experientes do elenco inglês, a mudança do esquema tático foi fundamental para que o English Team, que tem o ataque mais positivo da Copa do Mundo, ao lado de Portugal. 

Kyle Walker é um dos atletas mais velhos do elenco da Inglaterra (Foto: Paul Ellis/AFP)

- A razão pela qual temos mais posse de bola talvez seja a tática. Talvez possamos controlar a bola um pouco melhor quando tivermos mais homens no campo com mentes de ataque - destacou o jogador do Manchester City.

Gareth Southgate só não bateu o martelo ainda sobre o esquema tático porque pode ter uma baixa no time titular. O volante Declan Rice ficou doente e não participou do treinamento desta quarta-feira (7). Ele é uma espécie de motor do meio-campo, que passou por algumas mudanças durante a Copa. Nos dois primeiros jogos, Mason Mount foi titular, mas perdeu espaço para Henderson, que na terceira partida entrou para fazer a dupla de volantes com Rice e liberou a promessa Jude Bellingham para atuar mais próximo dos atacantes.

Rice em ação na classificação inglesa às quartas de final da Copa do Mundo (Foto: JACK GUEZ / AFP)

A tendência era que o meio-campo fosse mantido contra a França, mas caso Declan não participe da atividade desta quinta-feira (8), a presença dele nas quartas de final pode ser abalada, e Southgate terá que pensar em outra opção para a vaga. E isso passa pela possibilidade da entrada de Kalvin Phillips, para manter a ideia das duas últimas apresentações da Inglaterra, ou escalar um meio-campista mais cerebral, como James Maddison, Jack Grealish ou até mesmo recolocar Mason Mount no setor. A chances remota, mas que existe, é de compor a baixa com Eric Dier e voltar ao esquema tático com três zagueiros, como era utilizado no pré-Copa. 

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