Saiba quais são os técnicos favoritos para assumir a Inglaterra caso Southgate entregue o cargo
Quatro nomes são os principais em pauta no momento: Brendan Rodgers, Steve Holland, Mauricio Pochettino e Tomas Tuchel
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Enquanto aguarda a decisão sobre se Gareth Southgate permanecerá, ou não, como técnico da seleção inglesa, a Associação de Futebol da Inglaterra (FA) já avalia possíveis sucessores para o comando do futebol profissional.
O contrato de Southgate vai até o fim de 2024 e a intenção da cúpula inglesa é mantê-lo até a Eurocopa, que acontece na mesma temporada. O treinador, no entanto, disse que vai pensar sobre o futuro, após a eliminação na Copa do Mundo, sendo derrotado pela França, no último sábado (10), na fase de quartas de final.
O responsável por definir o novo treinador da Inglaterra, caso se confirme a saída de Gareth Southgate, será John McDermott, diretor técnico da seleção inglesa desde o início de 2020. Quatro nomes despontam como favoritos para ocupar o cargo: Brendan Rodgers, Mauricio Pochettino, Steve Holland e Thomas Tuchel. No entanto, nenhum deles é unanimidade e possuem prós e contras para avaliação.
BRENDAN RODGERS
Está em alta após conquistar a Copa da Inglaterra pelo Leicester há duas temporadas, deixando para trás gigantes como Manchester United (nas quartas de final) e Chelsea (na final). Depois, ainda venceu a Supercopa da Inglaterra, derrotando o Manchester City, que era o atual campeão inglês.
Com Rodgers, o Leicester foi além do que quando conquistou a Premier League, em 2016, treinado pelo italiano Claudio Ranieri. Naquela ocasião, os Foxes foram derrotados pelo Manchester United na supercopa que abriu a temporada seguinte.
McDermott é um grande admirador de Brendan Rodgers, inclusive tendo indicado o profissional ao Tottenham após a saída de Mauricio Pochettino, no fim de 2019. O atual diretor da FA foi o coordenador de formação dos Spurs entre 2009 e o início de 2020, quando deixou o clube londrino e assumiu a função na seleção do seu país. No entanto, à época o escolhido foi o português José Mourinho.
Diferentemente de outras opções da lista, a nacionalidade de Brendan Rodgers não é um grande empecilho. É bem verdade que os ingleses torcem um pouco o nariz para opções internacionais desde que o italiano Fabio Capello não obteve êxito, entre 2007 e 2012. Porém, Rodgers é norte-irlandês, país que faz parte do bloco da Grã-Bretanha, tendo trabalhado na Inglaterra na maior parte da sua carreira. O profissional foi auxiliar-técnico do Reading durante oito temporadas e posteriormente retornou ao clube para assumir o time principal. Ele também trabalhou na comissão do Chelsea e dirigiu Watford e Liverpool.
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O grande entrave para uma contratação de Brendan Rodgers será financeiro. O salário anual do profissional no Leicester atualmente gira em torno de 10 milhões de libras (R$ 64 mi, na cotação atual). O valor é 2 milhões de libras (R$ 12,8 mi, na cotação atual) inferior aos recebimentos de Gareth Southgate. Não se sabe se a FA pretende bancar um pagamento mais alto para o novo treinador. Rodgers tem contrato com os Foxes até junho de 2025.
STEVE HOLLAND
Não está descartada a promoção do auxiliar-técnico Steve Holland no comando da seleção inglesa. O processo seria semelhante ao que passou Gareth Southgate, quando assumiu a seleção provisoriamente no fim de 2016 e foi efetivado no início do ano seguinte. Na época, a Inglaterra vivia uma crise, após o técnico recém-contratado, Sam Allardyce, ter sido flagrado em uma investigação promovida pelo jornal ‘The Daily Telegraph’ se oferecendo a auxiliar uma empresa fictícia a burlar as regras financeiras da FA.
Holland é o único inglês na lista atual de possibilidades, mas a falta de experiência no comando de alguma equipe pesa contra ele. Se a situação de Southgate pode ser comparada em relação a uma efetivação, também pode ser argumentado que o treinador da seleção inglesa nas duas últimas Copas do Mundo dirigia a categoria sub-21 do English Team antes de assumir a função no time principal.
A única experiência de Steve Holland como treinador foi no modesto Crewe Alexandra, na terceira divisão inglesa, entre 2007 e 2008. Depois, ele foi coordenador de formação do Stoke City, em 2009, até chegar ao Chelsea, clube em que trabalhou entre agosto de 2009 e junho de 2017. Ele foi treinador dos reservsas nas duas primeiras temporadas e depois se tornou auxiliar-técnico permanente do clube, trabalhando com profissionais como: André Villas-Boas, Guus Hiddink, Roberto di Matteo, Antonio Conte, Rafa Benítez e José Mourinho.
Em 2013, Steve Holland foi chamado por Gareth Southgate para ser auxiliar do time sub-21 da Inglaterra e aceitou, dividindo a função com o seu trabalho nos Blues. Quando Southgate foi efetivado no comando da seleção inglesa, levou Holland com ele para formar a comissão técnica. Durante oito meses ele manteve a sua ‘vida dupla’, entre o Chelsea e o English Team, mas após o fim da temporada 2016-17 deixou a equipe londrina para se dedicar somente à seleção.
Ainda que o nome de Steve Holland esteja em pauta para substituir Gareth Southgate na Inglaterra, existe a possibilidade do profissional acompanhar o treinador em algum projeto futuro e também deixar a seleção.
MAURICIO POCHETTINO
Tem ótima relação com John McDermott. Eles trabalharam juntos durante quase cinco anos no Tottenham. Além disso, o bom tempo que atuou no futebol inglês tornou Pochettino prestigiado. Ele conhece de perto alguns jogadores da Inglaterra, como o astro Harry Kane, que foi seu atleta no Spurs, além dos outros jogadores da seleção que ele teve como adversário.
Na convocação para a Copa do Mundo deste ano, 25 dos 26 atletas atuavam na Premier League. A exceção era o meio-campista Jude Bellingham, que defende o Borussia Dortmund. No entanto, a promessa de 19 anos pode se transferir a um clube da elite inglesa no fim desta temporada. Equipes como Chelsea, Liverpool e Manchester City já demonstraram interesse no jogador.
Mesmo sendo bem visto na Premier League, a abertura do argentino Mauricio Pochettino seria diferente na seleção. Ele seria o primeiro treinador sul-americano a dirigir a Inglaterra, o que é uma grande barreira para por conta da rivalidade entre os continentes.
Na história, são nove títulos mundiais conquistados por países da América do Sul (cinco do Brasil e dois da Argentina e Uruguai) frente a 12 dos europeus (quatro da Alemanha e Itália, dois da França e um da Espanha e Inglaterra).
Pesa a favor de Mauricio Pochettino a parte financeira. Desempregado desde que deixou o PSG, da França, em julho deste ano, ele dificilmente faria jogo duro para negociar o seu salário com a FA.
THOMAS TUCHEL
Outro treinador livre no mercado, Tuchel foi dispensado do Chelsea no início deste ano, mesmo tendo levado os Blues aos títulos da Liga dos Campeões e Mundial na temporada retrasada. Os maus resultados no início do último ano pesaram para a decisão, mas o principal motivo para a saída foi o conflito entre o treinador e os novos administradores do clube inglês, principalmente em relação ao perfil de contratações.
Outra situação que pode se tornar um impeditivo para a contratação de Thomas Tuchel pela seleção inglesa é a nacionalidade alemã. Diferentemente de sul-americanos, a Inglaterra teve dois treinadores estrangeiros, mas ambos europeus: o suéco Sven-Göran Eriksson, entre 2001 e 2006, e o italiano Fabio Capello, durante 2007 e 2012. No entanto, a próxima Eurocopa, em 2024, será disputada na Alemanha.
Thomas Tuchel também é cogitado em outras seleções, como a brasileira, após a saída de Tite, a própria Alemanha, que foi eliminada na fase de grupos no segundo mundial consecutivo.
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