LANCE! Espresso: aula de soberba na coletiva de Carlos Alberto Parreira
Ele analisou o desempenho do Brasil no Mundial da Rússia, mas derrapou em suas palavras
Carlos Alberto Parreira sempre será o treinador do tetra e merece respeito pela carreira e pelas conquistas que acumulou, mas não pode se esquecer jamais de que foi um dos patronos do 7 a 1 - basta lembrar que ele foi protagonista do patético episódio da "carta da Dona Lúcia" na eliminação da Seleção Brasileira na Copa de 2014. O tom professoral de Parreira na hora de discutir táticas, assunto do qual é mestre, perde lugar para a arrogância quando alguém lhe pede para analisar o papel do Brasil em Mundiais. Ontem, em Moscou, ele disse que "faltou experiência" a Tite e seus comandados na Rússia, o que gerou a eliminação nas quartas de final para a Bélgica. Até aí, é uma opinião, e Tite não tem a rodagem internacional de Parreira no futebol. O problema são os argumentos usados. Primeiramente, a soberba típica do brasileiro que acha que ganha porque é bom e perde porque foi injusto. O mérito adversário inexiste na análise. "Não é o bastante ter só talento. Se fosse só por isso, o Brasil ganharia todas as Copas", disse Parreira na capital russa. Para completar, ele reclamou que, na Copa de 2006, os jogadores se apresentaram fora de forma e não estavam comprometidos com o hexa. " Não é só saber que há um problema, mas como resolver", afirmou. Mas o que ele, como técnico daquela seleção, fez a respeito disso? Qual foi a postura para combater a farra? Faltou também experiência para lidar com a badalação excessiva em cima daquele elenco com Ronaldo, Ronaldinho, Kaká, Adriano e Robinho? Nota zero em autoanálise para o professor Parreira.
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