Empresas privadas fizeram ontem o que os governos não tem tido competência seja no Brasil ou em outros países da América Latina: enquadrar o comportamento inadequado de torcedores. A atitude da Latan, que demitiu um funcionário flagrado num dos tristes vídeos machistas protagonizados por brasileiros na Rússia, e da Avianca colombiana que fez o mesmo com o homem que gravou imagens ensinando a esconder bebida alcoólica num binóculo para entrar ilegalmente nos estádios da Copa, merecem todo tipo de elogio. Não apenas pelo lado esportivo, de contribuir para tornar o futebol outra vez algo saudável. Mas pela violação de princípios básicos de convivência e cumprimento das leis que o comportamento desses torcedores estimulou nas redes anti-sociais. Sabe-se que a internet também é o canal mais frequente utilizado pelas gangues de vândalos travestidos de torcedores que promovem as batalhas campais entre facções organizadas no Brasil. Identifica-los e puni-los, está provado mais uma vez, não é tarefa das mais complicadas. Ainda que seus vídeos de guerra não alcancem o grau de viralização dos que circularam na rede a partir da Rússia. Com inteligência e acima de tudo, vontade de fazer, o exemplo que fica desse episódio deve inspirar em boa dose o resgate da civilidade nos estádios tupiniquins. Em todos os níveis.
Quer ler mais opinião e informação todos os dias? O LANCE! Espresso é uma newsletter gratuita que chega de manhã ao seu e-mail, de segunda a sexta. É uma leitura rápida e saborosa como aquele cafezinho de todos os dias, que vai colocar você por dentro das principais notícias do esporte. A marca registrada do jornalismo do LANCE!, com análises e contextualização de Luiz Fernando Gomes. Clique aqui e inscreva-se.