Messi, drama e herói improvável: a Argentina está nas oitavas
Messi abriu o placar no primeiro tempo, mas seleção argentina começou a viver um drama quando Moses empatou no início da etapa final. Rojo salvou aos 40 minutos!
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Teve gol de Messi, teve Maradona indo ao delírio, teve sofrimento e teve herói improvável aos 40 minutos do segundo tempo... A Argentina venceu a Nigéria por 2 a 1, em São Petersburgo, e classificou-se da forma mais copeira possível para enfrentar a França nas oitavas de final da Copa do Mundo - o jogo será sábado, às 11h (de Brasília).
No outro jogo do Grupo D, a Croácia venceu a Islândia por 2 a 1, chegou aos nove pontos e ajudou os hermanos. Com quatro pontos, a Argentina ficou à frente de Nigéria (três) e Islândia (um) e avançou em segundo lugar.
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Messi desencanta
O craque marcou seu primeiro gol nesta Copa do Mundo aos 13 minutos do primeiro tempo, após lindo lançamento de Banega. Dominou de coxa, aparou a bola com o pé esquerdo e concluiu de direita. Lindo lance que parecia indicar uma noite tranquila para a Argentina.
O quase-vilão que virou herói
O placar indicava 1 a 1 e a Argentina lutava desesperadamente para marcar o gol que garantiria sua classificação quando o árbitro Cuneyt Cakir foi até o monitor à beira do campo para conferir se Marcos Rojo havia cometido pênalti ao cabecear a bola contra o próprio braço aos 30 minutos do segundo tempo. Milhares de corações ficaram congelados até o juiz tomar a sua decisão: não foi nada!
O mesmo Marcos Rojo, lateral-esquerdo que jogou como zagueiro, apareceu como centroavante na área dez minutos depois para aproveitar cruzamento de Mercado e acertar um chute de primeira com a perna direita, que nem é a boa. Era o gol do 2 a 1, o gol da salvação argentina, o gol que fez Maradona perder a compostura e mostrar os dedos médios para os secadores no camarote.
O drama durou 35 minutos
A Argentina, que finalmente conseguira ser algo parecido com um time de futebol no primeiro tempo, começou a se complicar aos três minutos da etapa final. Mascherano deu um abraço em Balogun dentro da área e cometeu pênalti que não precisou nem de revisão com o VAR. Moses converteu aos cinco minutos e mudou o panorama da partida.
O time de Jorge Sampaoli se descontrolou diante da obrigação de fazer um gol. Di María, ótima opção no primeiro tempo, passou a errar até os lances mais simples. Messi caiu de rendimento em meio à bagunça que virou a equipe. A missão de fazer um gol parecia mais impossível a cada minuto. Higuaín, marcado pelos gols perdidos em decisões, desperdiçou a melhor das chances aos 34 minutos e seria um dos vilões em caso de eliminação.
Freguesia
Tá em crise? Chama a Nigéria! A Argentina venceu os cinco jogos que fez contra os africanos em Copas do Mundo: 1994, 2002, 2010, 2014 e 2018, todos em primeira fase e todos por um gol de diferença. Os dois últimos tiveram a assinatura de Messi, autor de dois gols na vitória por 3 a 2 da Copa do Mundo do Brasil.
Curiosamente, o camisa 10 não marcava um gol por esta competição desde aquele jogo em Porto Alegre, em 25 de junho de 2014. Eram seis jogos e um total de 699 minutos de jejum em Mundiais. Para quem acredita em astrologia, o inferno astral do craque (período de 30 dias conturbados antes do aniversário) acabou no domingo, quando ele completou 31 anos.
FICHA TÉCNICA
NIGÉRIA 1 x 2 ARGENTINA
Data/Horário: 26/6/2018, às 15h (de Brasília)
Local: Arena São Petersburgo, em São Petersburgo
Árbitro: Cuneyt Cakir (TUR)
Assistentes: Bahattin Duran (TUR) e Tarik Ongun (TUR)
Público: 64.468
Cartões amarelos: Balogun e Obi Mikel (NIG); Mascherano, Banega e Messi (ARG)
Cartões vermelhos: -
Gols: Lionel Messi, aos 13'/1ºT (0-1); Moses, aos 5'/2ºT (1-1) e Marcos Rojo, aos 40'/2ºT (1-2)
NIGÉRIA: Uzoho, Balogun, Ekong e Omeruo (Iwobi - 44'/2ºT); Moses, Etebo, Mikel, Ndidi e Idowu; Iheanacho (Ighalo - Intervalo) e Musa (Simy - 46'/2ºT). Técnico: Gernot Rohr.
ARGENTINA: Armani, Mercado, Otamendi, Rojo e Tagliafico (Aguero - 34'/2ºT); Mascherano, Enzo Pérez (Pavón - 15'2ºT), Banega e Messi; Di María (Meza - 26'/2ºT) e Higuaín. Técnico: Jorge Sampaoli.
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