OPINIÃO: Seleção Brasileira se despede da Copa do Mundo com campanha vexatória e dá sinais de falha em reformulação
Empate sem gols com a Jamaica e decisão por 'abdicar do futebol' tiraram o Brasil de forma precoce do mundial
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Em atuação para esquecer, a Seleção Brasileira empata em 0 a 0 com a Jamaica, deixa muito a desejar dentro das quatro linhas e está eliminada da Copa do Mundo Feminina. A queda precoce na fase de grupos decepciona a torcida e escancara a necessidade de mais mudanças no Brasil, principalmente em relação à postura.
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Após a goleada sobre o Panamá, no primeiro jogo do Grupo F, o Brasil ganhou confiança para a continuidade da competição. Mas a verdade é que, na prática, o cenário foi diferente. Contra a França, uma atuação muito abaixo do esperado, mas com a 'licença poética' de perder para a favorita da chave.
+ Não deu! Brasil não sai do zero com a Jamaica e dá adeus à Copa do Mundo Feminina
Nesta quarta-feira (2), contra a Jamaica, a situação beirou o desespero. Uma apresentação muito aquém do que o Brasil era capaz de oferecer, com uma imensidão de falhas individuais e uma péssima leitura de jogo da técnica Pia Sundhage. A demora nas substituições em uma partida onde a Seleção era obrigada a vencer para se manter na Copa do Mundo, foi crucial para o desempenho e, consequentemente, para o resultado.
Pia Sundhage não foi capaz de interpretar a estratégia da equipe adversária, que a todo momento jogou com o regulamento nos braços. A seleção jamaicana tinha a vantagem no empate, e por ele brigou todo o tempo. Ambas as equipes abdicaram do futebol, mas só uma delas se garantia com a igualdade no placar. Não era o Brasil, que nada fez para mudar o cenário.
É demais dizer que houve evolução na Seleção Brasileira desde a Copa do Mundo de 2019? Não. A equipe progrediu, um novo trabalho se iniciou, a renovação chegou. Mas não da forma como deveria. Pia teve um ciclo completo para preparar o Brasil para uma boa apresentação e não o fez da melhor maneira. Convocações questionáveis, escalações equivocadas, demora na substituições. A conta chegou. E sabe quando dizem que 'a bola pune?' Puniu.
Acabou o sonho da primeira estrela, e o saldo que fica é negativo. Um trabalho ruim e fraco, que deixa muito a desejar e escancara as necessidades de mudanças. Foi a maior Copa do Mundo Feminina da história. O maior apelo, a maior mobilização, a maior transmissão. E ironicamente, uma das maiores vergonhas da Seleção Brasileira. A postura coletiva, técnica, tática e comportamental dá sinais de falha em reformulação e liga alerta da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para o futuro da Canarinho. Fica o vexame.
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