Pékerman ‘salva’ safra de técnicos argentinos na Copa do Mundo

Além da campanha ruim da Seleção argentina até aqui na Copa do mundo, outro índice vem assombrando o retrospecto do país no Mundial. Os hermanos lideram a lista de técnicos comandando seleções na Russia, com 4 treinadores. No entanto, as campanhas dos técnicos argentinos até aqui deixam muito a desejar. Ricardo Gareca, do Peru e Héctor Cuper, do Egito, já foram eliminados; Sampaoli faz péssimo trabalho à frente da Argentina e o único que se "salvou" foi José Pékerman, comandante da Colômbia, que foi o único a vencer até aqui.

Ricardo Gareca (Peru)
O treinador argentino, que teve passagem bastante contestada no Palmeiras, assumiu a seleção peruana no início de 2015 logo após deixar o Alviverde no ano anterior. Desde então, comandou os peruanos em 45 partidas, (já contando as duas primeiras da Copa) onde venceu apenas 21 delas.

Como campanha de mais destaque, Gareca conquistou o 3°lugar da Copa América de 2015 com o Peru. No entanto, no Mundial da Rússia, o treinador não teve a mesma sorte e foi eliminado já na segunda rodada do torneio após perder para Dinamarca e França, ambos pelo placar de 1 a 0. Um dos "erros" do comandante no torneio, que gerou muita repercussão por parte da imprensa e trocedores, foi a não escalação de Guerrero, principal jogador do elenco, entre os titulares contra a Dinamarca no primeiro jogo.


Héctor Cuper (Egito)
Em somatório de pontos, o pior até aqui. Apesar do Peru ainda ter uma partida a disputar e poder somar ao menos um ponto, o Egito já realizou as três partidas e perdeu todos os jogos. Héctor Cuper é o técnico do Egito desde 2015, comandou a equipe por 39 partidas, vencendo 19, empatando sete e perdendo 13. Cuper tem retrospecto positivo sob o comando dos egípcios, onde conquistou o vice-campeonato da Copa afracana de nações em 2017, que lhe rendeu prêmio de melhor técnico de uma seleção africana.

Depois de conseguir a classicação do Egito para a Copa do Mundo, coisa que não acontecia desde 1990, o treinador argentino não teve a mesma sorte durante o torneio. Sem Salah, principal jogador na equipe, o Egito perdeu o primeiro jogo para os uruguaios por 1 a 0, em seguida, perderam também para os anfitriões russos por 3 a 1. Na última segunda-feira, o Egito encerrou sua participação na Copa do Mundo com outra derrota, dessa vez para a Arábia Saudita, por 2 a 1.


Jorge Sampaoli (Argentina)
Talvez o treinador mais criticado e constestado do Mundial até aqui, Jorge Sampaoli vive um período de decepções e incertezas no comando da seleção argentina. No comando da equipe sul-americana desde junho de 2017, quando deixou o Sevilla, Sampaoli já comandou os hermanos em 13 oportunidades, vencendo 6, empatando 4 e perdendo 3 jogos.

Cotada como uma das melhores seleções da competição, a Argentina não conseguiu demonstrar favoritismo no grupo D da Copa do Mundo. A equipe empatou em 1 a 1 contra a frágil seleção islandesa e foi goleada pela Croácia por 3 a 0. As críticas ao téncico argentino não são de hoje. Apesar de conseguir classificar a equipe para a Copa, a equipe não encontrou um padrão de qualidade no futebol apresentado e vem fazendo sucessivas mexidas no time titular. Nos últimos dias, após a derrota para a Croácia, o elenco solicitou a demissão do técnico antes da última partida contra a Nigéria, mas a federação argentina bancou o treinador.


José Pekerman (Colômbia)
Dentre os técnicos argentinos no Mundial da Rússia, Pekerman, além de ser o único com vitória, é o treinador que está há mais tempo no comando de sua seleção. Desde 2012 no comando da equipe colombiana, o treinador argentino já realizou 76 partidas, saindo vencedor em 41 oportunidades. Pekerman também foi o técnico da Colômbia em 2014, quando a equipe teve o melhor desempenho na história de uma Copa, terminando o torneio na quinta colocação, onde caiu para o Brasil nas quartas de final.

Outra campanha de destaque do argentino a frente da seleção sul-americana foi na Copa América centenária de 2016, onde os colombianos terminaram na terceira posição. Nesta Copa do Mundo na Rússia, a Colômbia começou a campanha com o pé esquerdo, quando foi derrotado pelo Japão por 2 a 1, mas na oportunidade o time foi prejudicado pela expulsão de Carlos Sanchéz logo aos três minutos do primeiro tempo. No último domingo, a equipe de Pekerman fez bonito e honrou os técnicos argentinos, demonstrando um bonito futebol, dominando a Polônia e aplicando uma goleada por 3 a 0. A Colômbia enfrenta agora a seleção do Senegal na última rodada na próxima quinta, onde só a vitória interessa para avançar para a próxima fase.