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Pékerman tenta recuperar campanha de 2014 para salvar Colômbia

Com títulos pela seleção argentina e líder da Colômbia na campanha do quinto lugar em 2014, José Pékerman precisa driblar a derrota na estreia para respirar na Copa do Mundo

Pékerman
José Pékerman garantiu uma renovação em 2014, mas será que vai repetir o feito em 2018? (Foto: ACK GUEZ/AFP)

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A melhor definição de José Pékerman é: o homem responsável por devolver a Colômbia à Copa do Mundo após 16 anos sem a seleção do país se classificar para o torneio. Nascido em 9 de março de 1949, o treinador argentino assumiu o comando da equipe em janeiro de 2012 e tornou-se ídolo em 2014, ao conseguir organizar o time com jogadores que tinham o talento ofuscado pela indisciplina e avançar às quartas de final do Mundial realizado no Brasil de forma invicta.

Após dizer ao então presidente da Federação Colombiana de Futebol, Luis Bedoya, que não permitiria que dirigentes dessem "pitacos" no momento da convocação e assumir o cargo, seus primeiros passos na função foram montar uma comissão técnica de pessoas com perfil comprometido que já haviam trabalhado com ele e banir a entrada de empresários e familiares nas concentrações.

Além disso, deixou claro que os atletas que fossem descomprometidos logo deixariam de fazer parte de sua lista, mas contratou o psicólogo argentino Marcelo Roffé, que ajudou a aumentar a confiança do time e deixá-lo determinado a ter o melhor desempenho possível para se igualar até aos adversários mais difíceis. As mudanças fizeram com que a equipe liderada por Mario Yepes realizasse a melhor campanha da história da Colômbia em Copas do Mundo ao chegar às quartas de final invicta, só perdendo para o Brasil na eliminação (2 a 1).

Entretanto, o trabalho que classificou a seleção colombiana em segundo lugar nas Eliminatórias da América do Sul para a Copa de 2014 - com 9 vitórias, 3 empates e 4 derrotas, totalizando 30 pontos - não surtiu o mesmo efeito para o Mundial da Rússia, em que a equipe se classificou na quarta colocação, com 27 pontos, um a mais que o Peru, que foi para a repescagem. Desta vez, os comandados de Pékerman venceram 7 vezes, empataram 6 e perderam 5.

Na fase de grupos de 2014, los cafetones pertenciam a chave C, junto com Costa do Marfim, Grécia e Japão , e venceram todos os três confrontos - Colômbia 3 x 0 Grécia; Colômbia 2 x 1 Costa do Marfim; Japão 1 x 4 Colômbia. Já em 2018, em que a seleção colombiana pertence ao Grupo H, ao lado de Japão, Polônia e Senegal, a estreia foi um verdadeiro fiasco. Contra os Samurais Azuis, o time ficou com um a menos logo aos três minutos de bola rolando, com expulsão de Carlos Sánchez ao tocar o braço na bola dentro da grande área e, de pênalti, Kagawa marcou o primeiro gol da vitória japonesa por 2 a 1.

- Foi uma jogada fatal que complicou tudo, nós ainda sobrevivemos, conseguimos o empate com um jogador a menos, mas o Japão na segunda parte ajustou a equipa e aproveitou a nossa inferioridade - analisou Pékerman após a partida.

Agora, o que resta é Pékerman depositar na seleção colombiana a sua experiência dos tempos de técnico da Argentina, onde conquistou três Mundiais pela equipe sub-20 e levou o time principal à Copa de 2006 e ao vice-campeonato da Copa das Confederações de 2005. Para obter bons resultados na Rússia, ele conta com a experiência de dez atletas que disputam sua segunda Copa do Mundo. Entre eles, David Ospina, Juan Cuadrado, Quintero e Carlos Sánchez estrearam como titulares.

James deve recuperar a posição

A tendência é que James Rodríguez, artilheiro do Mundial do Brasil, com seis gols, e Cristian Zapata também recuperem as posições que ocupavam no time em 2014. O trunfo da equipe desta vez, é o camisa 9 Falcao García, que não apresentou sua melhor condição física pela falta de velocidade, mas teve agilidade em jogadas aéreas, acertando duas bolas em direção à meta. Atuando mais adiantado James Rodríguez poderia por em prática seus conhecidos passes em profundidade certeiros, que, algumas vezes, acabam se tornando grandes chances de gol.

Por outro lado, a lateral colombiana falhou em alguns momentos contra o Japão por apoiar os avanços dos pontas, o que deixou um buraco na defesa, facilitando a saída de contra-ataques do rival. Para evitar tomar gols diante da seleção polonesa, que conta com o atacante Lewandowski - maior artilheiro das Águias Brancas, com 55 gols em 96 jogos -, o time colombiano vai precisar recuperar sua marcação característica, que abafa o adversário e pressiona sua saída, mas tomando cuidado para evitar falhas que podem gerar oportunidades contrárias.

A defesa também deve estar atenta aos perigos de chegadas à grande área. Apesar de o goleiro Ospina ter realizado três defesas pontuais no confronto de estreia, contra o Japão, a atenção deve ser mantida já que não vem de uma boa temporada no Arsenal e acabou perdendo espaço para o tcheco Petr Cech. O confronto entre Polônia e Colômbia acontece no próximo domingo, às 15h, na Arena Kazan com transmissão em tempo real do LANCE!.

*Sob supervisão de Aigor Ojêda

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