Perguntado sobre simulação, Tite exalta Neymar e fala sobre ‘ódio’ a decisão por pênaltis
Treinador da Seleção destaca melhora do astro em pergunta sobre polêmicas. Na véspera das quartas contra a Bélgica, ele diz que jogo nunca poderia ser decidido nos penais
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Na véspera da partida contra a Bélgica, válida pelas quartas de final da Copa do Mundo, em Kazan, o técnico Tite voltou a ser questionado sobre Neymar: ele simula jogadas ou não? A pergunta foi de um jornalista estrangeiro e o comandante da Seleção Brasileira abafou. Tite preferiu destacar a melhora de Neymar na competição. Contra o México, nas oitavas de final, o camisa 10 foi decisivo com um gol e uma assistência.
- Eu já me manifestei a respeito de Neymar e de forma bem específica. Olhem os vídeos. O que me interessa é ele voltar a estar em altíssimo nível de novo. E não é só com bola, em dribles, tem ações de transições defensivas. Se vocês buscarem, como ele tem participado em linha defensiva. Ocupação de espaço, não desarmes, mas muito senso de equipe - afirmou o treinador, em entrevista coletiva.
Tite projetou um duelo muito equilibrado contra a Bélgica e não soube responder se o nível apresentado pela Seleção até o momento é suficiente para bater o adversário. O que o treinador não quer de jeito nenhum é uma decisão por pênaltis. Para ele, isso nunca poderia acontecer na Copa e em lugar nenhum.
- Batida de pênalti é o cão. Pra mim, um jogo de futebol não poderia terminar em penalidades. Não vejo atributo para uma partida acabar assim. Encontrar algo diferente? Não sei. Mas se treina, tem técnica de batida, essas coisas - respondeu, ao ser lembrando de que perdeu uma decisão quando era jogador dessa forma.
A Seleção Brasileira ainda não teve nenhum pênalti a seu favor na Copa do Mundo. Na segunda rodada da fase de grupos, contra a Costa Rica, o árbitro chegou a marcar pênalti sobre Neymar, mas voltou atrás após consultar o VAR, alegando que o atacante simulou.
A Seleção enfrenta a Bélgica nesta sexta-feira às 15h (de Brasília). Tite projetou o duelo e falou de outras coisas na coletiva. Confira:
MANEIRAS DIFERENTES DE FAZER GOL
A característica dos atletas empresta à equipe essa criatividade, esse repertório diferente de jogadas para fazer gol. Vou lembrando, de jogada construída no primeiro gol contra o México, saímos jogando. Ela tem o contra-ataque muito forte, quando faz pressão baixa, tem velocidade de seus jogadores para sair de forma rápida. Ela tem uma característica marcante, que tem muito drible, um contra um. Todos os atacantes têm uma característica marcante no um contra um. A construção e a parte média, para chegar ao último terço para ter as diferentes formas. Repertório dos atletas.
BRASIL AINDA NÃO TEVE PÊNALTIS A FAVOR
Uma circunstância do jogo. Teve pênaltis, para mim, que aconteceram, outros não. É processo de adaptação, com ideia correta, que é não ter erro grave. Acho o aspecto tecnológico uma evolução, independentemente de algum ajustes.
NÍVEL DA SELEÇÃO É SUFICIENTE PARA BATER A BÉLGICA OU PRECISA EVOLUIR?
Não sei, a gente não é obrigado a saber tudo sobre o adversário. O que tento fazer é manter e crescer, manter e crescer, e você fica com a sensação de teu máximo. Como jogador senti isso. Essa autocrítica de quando vai dormir, com teu desempenho máximo, vou ficar muito feliz. De novo, competir assim é um desafio, mas não dá para dizer que dá para vencer, porque tem o outro lado muito forte
FIRMINO NÃO PODERIA FAZER MELHOR QUE JESUS?
O jogo vai se desenhando, a versatilidade do Gabriel permitiu que a gente ajustasse a equipe em cima das características que ele tem. E todos que têm entrado, tem vindo muito bem. Firmino tem essas características. Depois do jogo, dei um abraço no Firmino, falei: "Tu merecia ter entrado, pelos dois jogos que tu fez, mas o técnico tem que entender as necessidades do jogo". E ele falou: "Estou bem pra caramba! Estou feliz pra caramba!"
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