A Bélgica bem que levou um susto nesta segunda-feira e quase foi eliminada pelo Japão nas oitavas. Mas, com calma em campo e um leque de alternativas para atacar, buscou a virada por 3 a 2 e garantiu vaga nas quartas. Agora, enfrenta ninguém menos que o Brasil, maior campeão da história das Copas e melhor defesa desta edição (ao lado do Uruguai). A geração belga, porém, tem alternativas interessantes para oferecer perigo nesta sexta-feira. O L! explica.
A virada sobre o Japão foi uma amostra do que podem aprontar. De início, a proposta era tocar a bola e envolver o adversário até os gols saírem naturalmente. Os japoneses, organizados, anularam as principais peças (Hazard, De Bruyne e Lukaku) e surpreenderam. Atrás no placar, os belgas tiveram que 'apelar' para um ponto forte deles: o jogo aéreo.
Até agora, o time comandado por Roberto Martínez é quem mais fez gols de cabeça - três gols, mesmo número da Inglaterra. Só ontem, foram dois. Quando o jogo aperta, o treinador pode botar Fellaini, de 1,94m, além de Kompany (1,93m), Alderweireld (1,86m), Vertonghen (1,89m), Witsel (1,86m) e o artilheiro Lukaku (1,91m). É um time de gigantes, e que sabem utilizar o jogo aéreo. Hoje, a Bélgica é quem mais teve cruzamentos certos na Copa (29) e mais finalizações em cruzamentos (16). Eficiência total.
E se o Brasil deve propor o jogo, precisa ficar atento para não deixar espaços na defesa. O contra-ataque da Bélgica já provou ser muito forte logo na estreia, diante do modesto Panamá. Os meias Hazard e De Bruyne, além de velocidade com a bola no pé, têm muita noção de passe e enfiadas de bola. O gol da classificação contra o Japão veio justamente desta forma: do goleiro Courtois até o gol, apenas três jogadores tocaram na bola.
Olho neles, Tite!