Pool da Copa: ‘Golpe duro para a Colômbia na estreia do Mundial’
Gabriel Meluk, do jornal colombiano El Tiempo, analisa a estreia da Colômbia no Mundial e o peso da expulsão inicial na performance dos Cafeteros diante do Japão
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O Japão melou o plano da Colômbia na Rússia 2018, depois de ter vencido em Sarank pela primeira vez em sua história (1-2), e deixou a equipe sul-americana com pouca margem de erro para avançar na Copa do Mundo.
A Colômbia, munida com uma grande reputação conquistada há quatro anos, no Brasil em 2014, onde chegou às quartas de final, não superou os inúmeros contratempos que encontrou nos minutos iniciais do confronto.
Não deu para tentar uma virada após ainferioridade númerica em campo desde o quinto minuto de jogo. Por esse motivo, todos os planos, toda a estratégia na prancheta foi por água abaixo. José Pékerman deixou James Rodríguez no banco.
O meio-campista do Bayern de Munique, com fadiga muscular e ausente em alguns treinos, permaneceu no banco. O técnico argentino prefere jogadores novos contra um adversário difícil, fisicamente exigente e que costuma impor um ritmo alto. No entanto, desta vez o Japão superou as expectativas dos tempos anteriores.
Em sua sexta participação consecutiva, o Japão não tem mais aquele grupo de futebolistas compactos e unidos pela causa. Na verdade, dá a sensação de ser um conjunto que definha, especialmente por causa da mudança de técnico há apenas dois meses e que levou Akira Nishino de Hitachi à sua seleção.
Tudo contribuiu ao conjunto oriental para vencer pela primeira vez em sua história a Colômbia. Antes dos cinco minutos, a partida deu uma surpresa. Oportunidade de gol, uma penalidade, uma expulsão ... tudo em um momento. A agitação chegou ao jogo por causa de uma perda da bola do ataque colombiano.
O Japão mantém o gosto pela velocidade. Para as transições a toda velocidade. Ficou claro. O contra-ataque levou a bola aos pés do ponta, Yuya Osako. Faltou a decisão ao atacante do Colônia, que errou e o goleiro David Ospina desviou.
A bola chegou a Shinji Kagawa. Atirou para o gol, mas no caminho o braço de Carlos Sanchez interrompeu. O árbitro, o esloveno Damir Skovina viu isso. Penalidade marcada e expulsão do meia do Espanyol. Kawaga não falhou dos onze metros. O meio-campista do Borussia Dortmund colocou o Japão à frente.
Ninguém esperava esse cenário. A Colômbia acusou o golpe. Com um jogador menos, ameaçava seu rival, mas sem perigo. Em ações esporádicas. O Japão, no entanto, encontrou passagem livre na área de Ospina. Uma equipe com mais talento do que os japoneses teria tornado seu oponente feroz e teria fechado o jogo.
Pékerman entrou em ação. Tirou Cuadrado, uma opção mais do que válida para atacar, mas não confiável na parte traseira. Especialmente com um jogador a menos. Ele puxou Wilmar Barrios para equilibrar o time antes do intervalo. Mas o Japão, uma daquelas equipes que sempre peca de inocência, apesar de sua idade média ser alta e de seus jogadores com experiência, sofreu um gol pueril que os impediu de liderar no intervalo e incentivar seu rival.
Tudo falhou na área de Nishino. A barreira estava errada e saltou com antecedência. Juan Quintero estava vivo. Ele chutou rasteiro, rente à trave. E o goleiro Elij Kawashima engoliu a bola. O goleiro de Mainz até tentou enganar ao sair com a bola nas mãos, mas não havia necessidade do VAR ou do olho do falcão para confirmar o gol.
Ela cruzou a linha claramente. No segundo tempo, o Japão pareceu mais ousado. Ospina resolveu um contra um com Osako, que nunca parece calcular seu chute. O goleiro do Arsenal defendeu um chute distante e intencional de Takashi Inui, que mostrou perigo sempre que entrou em campo. Quando faltava meia hora de jogo, chegou o momento de James.
O ex-jogador do Real Madrid veio em socorro da Colômbia, que começou a sentir o esforço de jogar com um a menos. Tomou o lugar de Quintero. Sua entrada reativou o time e também as arquibancadas. Nishino teve a mesma ideia e lançou Taisuke Honda. Nada comparável em qualidade. Mas para o Japão, gera sua imagem no exterior. O resultado foi imediato.
O jogador atualmente do Pachuca cobrou um escanteio. Foi a primeira bola que Honda tocou, colocando na cabeça de Osako para desviar para a rede e ampliar para o Japão, que fez pedaços de seu rival pela banda direita.
Genki Haraguchi expôs mais de uma vez Johan Mojica e Jose Izquierdo, encarregados dessa ala. Desesperada, a Colômbia foi em busca do empate, atormentando James com responsabilidade. Perdeu grandes chances e Carlos Bacca, que havia entrado antes do segundo gol do Japão, quando Pekerman ainda contava com a vitória, também não entregou o esperado.
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