Pool da Copa: ‘A importância do gol de Cavani para o Uruguai’
O diário 'El Observador' destaca a entrega do artilheiro do PSG quando joga com a camisa da Celeste. Os uruguaios vão duelar com Portugal nas oitavas de final da Copa do Mundo
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Edinson Cavani é o símbolo máximo de entrega da equipe uruguaia dos tempos. Nem Diego Lugano, nem o russo Pérez, nem Arévalo Ríos. Não. Ninguém se sacrificou tanto pela camisa no atual processo de seleção quanto o Matador.
Versátil para capacitar outros atacantes, defensor como uma arma estratégica do treinador, Cavani foi durante muitos anos um jogador disposto a assumir todos os tipos de papéis diferentes daqueles de sua essência natural. Foi um exemplo de solidariedade inigualável. Por muito tempo, em vez de apresentar seu status de artilheiro, como um gladiador da área, ele teve que suportar críticas de fãs que exigiam gols.
É por isso que em mais de uma ocasião ele foi visto fazendo gestos desafiadores ao seu próprio fã. Assim como na despedida do Brasil 2014. Assim como na despedida da Copa América 2015.
Ele não respondeu com gols na Copa América em 2015 e 2016, quando seus olhos descansaram em seu papel de 9 na ausência de Luis Suarez, suspenso pela mordida da Copa do Mundo de 2014 e, em seguida, por lesão. Na Copa do Mundo no Brasil, foi dividida entre os 9 que tentaram cobrir a ausência de Suárez (um gol contra a Costa Rica, pouco e nada contra a Colômbia) e o zagueiro que silenciosamente anulou Steven Gerrard e Andrea Pirlo.
Mas tudo mudou no decorrer das eliminatórias para a Rússia em 2018. O gol anotado diante do Peru no Estádio Centenário que valeu um 1 a 0, definitivamente agradou as pessoas. Foi como um gol que trouxe uma cascata de memórias de toda a sua capacidade de explosão para romper as defesas rivais. Poucos atacantes têm tanta capacidade de arrancar a 30 metros do gol sem sobrar os joelhos.
Cavani é, com a luz, o artilheiro do Uruguai no ciclo mundial que está se fechando na Rússia. Desde o final da Copa do Mundo no Brasil, ele marcou 21 gols contra os 12 de Luis Suárez e os de José María Giménez. É por isso que foi fundamental que ele marcasse contra a Rússia na segunda-feira em Samara. Porque contra o Egito ele era o melhor meio-campista, mas ele não anotou nada: o goleiro o parou. Contra a Arábia fez outro bom jogo, de entrega e gestão da bola. Porém, apenas uma chance,m que desperdiçou.
É por isso que a Rússia começou a fazer bem p-ara ele. Uma vez em 11 anos de seleção. Desperdiçou algumas chances claras até que pegou um rebote e se tornou juntamente com Luis Suárez o segundo uruguaio que marcou em três mundiais diferentes (ele tinha feito um na Alemanha, na disputa do terceiro lugar na África do Sul 2010, e outro contra a Costa Rica em 2014, de pênalti, depois de falta em Diego Lugano). E para a defesa de Portugal, não será fácil marcar dois dos melhores avançados do mundo.
* O Pool da Copa é a união de grandes veículos de comunicação do mundo para um esforço de troca de informações. O objetivo é manter seus leitores por dentro do que acontece com as seleções de outros países, porém, com uma visão local.
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