Pool da Copa: ‘A mesma receita’
Segundo 'Olé', a força argentina contra va França estará na cabeça para pensar o jogo, mas, não se pode desprezar o coração, tão essencial contra a Nigéria
A superprodução de gritos, choros e abraços que o gol de Marcos Rojo gerou em todos os argentinos teve uma contrapartida indiscutível não só nos nigerianos. Como você acha que aos franceses receberam a notícia de que a rodada de oitavas de final lhe apresentará a Argentina de Messi, quando estavam a cinco minutos de distância da Nigéria ou talvez da Islândia? Decididamente, eles não cruzarão com o rival preferido.
O planejamento desta nova final é muito semelhante à anterior em termos da característica do jogo, com a diferença de que a França tem jogadores de maior classificação individual do que a Nigéria. Também é assumido que os defensores não darão nenhuma vantagem, mas você nunca sabe. Embora a dupla de zaga da França seja composta por um dos jogadores do Real Madrid e por outro de Barcelona. Eles não são Piqué e Sergio Ramos, mas Varane e Umtiti. O defensor do Barça fez uma penalidade incomum no primeiro turno contra a Austrália. Eles são bons, muito bons, mas o bom papel em suas equipes é fruto do entrosamento com seu companheiro de time. É por isso que é estranho a decisão de Sampaoli (até agora, pode sempre mudar) de jogar sem Higuain. Messi pode ser falso 9, mas como a frase diz, não será um 9 real. É verdade que as zagueiros se incomodam quando não há referência a quem marcar, mas se isso fosse tão decisivo, ninguém jogaria com 9 original. É uma decisão difícil, difícil, rara e que mostra que Pipa e Kun não têm estatura indiscutível para o nosso DT. Difícil que o Uruguai esteja pensando em ignorar Luis Suarez ou a Inglaterra disposta a barrar Harry Keane para não dar referências ao central rival ...
Então, se a França é semelhante à Nigéria em velocidade, você tem que ter o jogo em fogo baixo, com controle de bola. É para isso que Enzo Pérez, Masche e Banega são necesssários. Messi também foi associado a esse circuito contra a Nigéria e agora ele será menos. Se adicionado, o ataque ficará órfão. Pipa é uma 9 que pode segurar a bola, girar, abrir para os lados, ir lutar com a bola do goleiro mas nem sempre vencer, ajudar na bola parada na defesa ... Enquanto não vai enfrentar, pelo menos pode adicionar suas habilidades à ideia de manipular a bola. Pavón é o oposto: velocidade, explosão, bola longa, ida e volta. É um pouco de entrar no jogo de alta velocidade que não nos convém estrategicamente. Ele também contribui com bola aérea, contra-ataques, lançamentos, preocupando o rival com a subida de seus laterais.
A mesma receita com alguns ingredientes diferentes. Marcação, transpiração, posse de bola, não deixar sair rapidamente para o ataque a França, jogo curto, rigor na diminuição dos espaços, saber como sofrer os momentos difíceis e ser convencido a lutar até o fim. Sempre continue lutando. Para controlar o adversário, o impedindo de crescer. Pogba ou Griezmann se divertem, Mbappé se desdobra na velocidade, rompendo defesas rivais. No jogo físico eles são mais poderosos e chegam mais descansados. A força argentina estará na cabeça para pensar sobre o jogo e se adaptar às mudanças que o duelo propõe. O coração será essencial, o mesmo que a equipe mostrou contra a Nigéria.
Hoje pode ser a última vez. Como você faria se fosse o último jogo? Todos à luta, pessoal. Para conseguir passar para as quartas, você só tem que amar mais do que eles. Só então será possível.
* O Pool da Copa é a união de grandes veículos de comunicação do mundo para um esforço de troca de informações. O objetivo é manter seus leitores por dentro do que acontece com as seleções de outros países, porém, com uma visão local.
