Pool da Copa: Oito seleções buscam técnico na América
Colômbia, Peru, Argentina, México e Costa Rica são algumas das equipes que estão procurando um profissional; mercado está muito aquecido
Não só a Costa Rica procura o técnico nacional. O mesmo acontece com oito federações da América e quase todas com maiores recursos econômicos e mais cartazes internacionais. Isso torna a oferta mais desequilibrada ao assumir os serviços de um estrategista que é cotado no mercado e nem é preciso dizer que saiu bem da Copa do Mundo da Rússia em 2018.
Para a Concacaf, países como Estados Unidos, México, Honduras e Panamá estão buscando um estrategista. Juan Carlos Osorio, que dirigia o Tri, e Hernán Darío Gómez, que comandava os panamenhos, finalizaram seus contratos. O primeiro levantou suas ações como técnico na Copa do Mundo, o segundo levou os centro-americanos à sua primeira Copa do Mundo.
- Neste momento que é o menos relevante, acabamos de perder um jogo muito importante, que machuca todos nós. Deve ser dado o luto correspondente; nos próximos dias os patrões tomarão uma decisão e eu tomarei a minha - disse o mexicano Osorio após a eliminação contra o Brasil.
Por seu lado, Bolillo Gómez assegurou que "no Panamá há um bom futuro. Vou ter que tomar decisões depois de terminar a relação contratual"
Quanto à América do Sul, a caça está em chamas. Peru, Colômbia e Argentina têm o posto suspenso, mas vamos ver caso por caso. Mesmo na seleção do Equador, eles também estão esperando para nomear um técnico. O argentino Ricardo Gareca disse que vai levar tempo para ver se ele renova com os peruanos depois de sua excelente participação na Copa do Mundo.
- Neste momento o que eu preciso é tempo e pensamento. Não tomarei nenhuma decisão até ter o descanso necessário. Eu sou um técnico livre. Se é para ser mais quatro anos (na frente do Peru), eu preciso pensar sobre isso - disse Gareca.
José Pekerman encerrará sua relação contratual com a Colômbia em dezembro, motivo pelo qual a federação espera se seu mandato se estender por território colombiano.
O único que ainda tem um contrato é Jorge Sampaoli com o Albiceleste, mas ele não descarta que eles possam pará-lo. Sampaoli expressou seu desejo de continuar liderando a seleção, mas as críticas após o fiasco da Copa do Mundo são constantes. A imprensa internacional começou a mover seu xadrez. É quase um fato que nenhum dos acima mencionados continuaria em suas seleções.
Isso significa que as federações com mais poder econômico e nome estão na disputa por novos estrategistas no mercado.
Rodolfo Villalobos, presidente da federação costarriquenha explicou que no processo de contratação do novo técnico nacional vai cuidar das finanças e que há países mais propensos a ter técnicos da classe A.
- Classe A ou B é relativa. Esta Federação não possui os recursos que o México, os Estados Unidos ou a América do Sul têm para contratar tais técnicos. Eu não quero falar sobre quantias porque está criando especulações desnecessárias. O que posso garantir é que agiremos de maneira responsável, de acordo com nossos recursos, sem sacrificar seleções regionais ou seleções menores para homens e mulheres; não podemos gastar mais e parar de investir - respondeu Villalobos.
* O Pool da Copa é a união de grandes veículos de comunicação do mundo para um esforço de troca de informações. O objetivo é manter seus leitores por dentro do que acontece com as seleções de outros países, porém, com uma visão local.