Nem uma cobrança de pênalti. Nem um contra-ataque. Nem um passe entre as linhas. Nem com a esquerda, nem com a direita. Nem no 0 a 0, nem ganhando, nem quando estava empatado. E Messi acabou sendo o resumo de uma Argentina que não jogou bem e sofreu a intensidade física e o esquema tático proposto pela Islândia. Seus fracassos defensivos, falta de ação no meio e um Messi apagado não fizeram outra coisa a não ser começar com um empate diante da limitada Islândia.
A intensidade islandesa foi demais para a Seleção no início do jogo. Com uma linha dupla de quatro bem recuadas, mas com jogadores islandeses que saíam em velocidade para o contra-ataque, que tornava impossível de marcar por Biglia e Mascherano, que colocou em dúvida na hora da escolha de Marcos Rojo e Salvio. Por acaso, a seleção nacional foi salva três vezes na mesma jogada, depois de dois erros pífios do defensor do Manchester United.
O nível individual da Argentina permitia ter uma esperança. Messi, o único que poderia jogar na velocidade dos islandeses. E com duas arrancadas, freiou esse ímpeto que estava indo em direção a Caballero. Outra grande ação individual foi de Agüero, que converteu mais uma jogada em um golaço. Mas que durou pouco! Não trouxe calma, durou o tempo que precisava para a Argetnina voltar a cometer erros. E daquele 1 para 1 viu quase uma hora de Islândia esperando atrás de fechada e a Argentina jogando lateralmente, tentando criar uma brecha que não ia aparecer até a entrada de Pavón.
Banega no lugar de Biglia diminuiu muito os erros. Mas a entrada do atacante do Boca trouxe a pimenta que faltou em Di María. Dois pela esquerda, uma direita apimentada e a sensação de que a vitória poderia vir.
Um árbitro que deixou de acertar, sem ao menos avisar o acúmulo de faltas (Bjarnason, para citar um), um time com o apoio tático de seu capitão, Aaron Gunnarsson, e algumas aparições de Gylfi Sigurdsson para entrar a história. Uma pena da equipe nacional, que às vezes jogando mal, você paga. Não conseguiu segurar o gol de Agüero, são soube aproveitar a sorte que batia na porta, nem aproveitar a vantagem de que o melhor jogador do mundo teve um pênalti e três faltas, que ele normalmente dá aula.