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Pool da Copa: ‘Belisque-se se for uruguaio. Celeste ganhou sem sofrer’

Para o 'El Observador', a&nbsp;seleção venceu a Rússia em jogo que convida ao otimismo<br>

Uruguai x Rússia
imagem cameraCavani e Godín comemoram o triunfo do Uruguai por 3 a 0 sobre a Rússia (Foto: FABRICE COFFRINI / AFP)
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Lance!
El Observador (URU)
Dia 25/06/2018
15:52
Atualizado em 25/06/2018
16:17

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O Uruguai venceu a Rússia sem sofrer e isso é novidade. Com um minuto de jogo, um chute de Matías Vecino alertou que a seleção seguia pelo bom caminho e que, a partir deste meio-dia, os uruguaios não iriam se sufocar com o almoço.

Aos oito minutos, Luis Suárez atacou pela esquerda e rolou para Rodrigo Bentancur na meia-lua. Tiro livre de Suárez e gol.

Em duas jogadas antes dos 10 minutos, a mudança na seleção já era notada. O mestre Tabárez promoveu uma pequena revolução na equipe com a mudança de lados (Cáceres fechou o direito e Laxalt deu muito mais jogo para a esquerda) e uma formação de meio-campo muito mais eficaz do que nos jogos anteriores: Torreira de primeiro volante, Nández e Vecino pelos lados, com Bentancur se aproximando muito mais de Cavani e Suárez.

Quando o Uruguai teve a bola, os pontas foram melhor acompanhados por Nández, por Vecino e, fundamentalmente, por Bentancur. Quando os russos atacaram (tentaram apenas), Nández e Vecino recuaram para formar uma linha de três com Torreira no meio.

Então, foi outro time. Não dependia mais tanto do que poderia ser gerado pelos lados, com Nández-Sánchez ou de Arrascaeta-Cebolla Rodríguez, dependendo de quem poderia desnivelar no um contra um. E impediu Bentancur de jogar tão atrasado, sem espaço para fazer esse jogo afiado, para colocar esse passe afiado que geralmente quebra qualquer resistência.

Aos 22 minutos, veio o segundo gol. De bola parada, especialidade que é servida no Complexo Celestial. Escanteio de Torreira, desobstrução de cabeça de Dzyuba e tiro de Laxalt, que entrou depois de quicar em Cheryshev. Segundo gol. Belisque-se se você for uruguaio.

O Uruguai sofreu até os últimos minutos para bater o Egito na abertura do grupo. Josema Giménez teve que aparecer nas alturas para superar a resistência da equipe africana. Contra a Arábia Saudita, venceu com um gol de Suárez, depois de outro escanteio e um fracasso monumental do goleiro árabe. Depois se entediou e, às vezes, sofreu com o toque dos sauditas.

Sofrer é uma marca registrada para o futebol uruguaio e especialmente para a equipe nacional. Exceto na última Eliminatória, nas anteriores a seleção teve que cruzar o obstáculo da repescagem para chegar. Foi assim que se qualificou para Coreia/Japão-2002, ficou de fora da Alemanha, em 2006, e conseguiu participar das edições da África do Sul-2010 e do Brasil-2014. Sempre atrás, com o último suspiro.

Esta segunda feira foi diferente. A seleção mudou e os uruguaios assistiram a uma partida com total tranquilidade. Ninguém se esquentou quando Edinson Cavani tentou duas vezes, egoisticamente como todo goleador, acertar a meta. E todos comemoraram com euforia, como se fosse o seu próprio, o gol que Cavani finalmente conseguiu quando o jogo terminou 3-0 contra os locais.

Finalmente um jogo sem sofrimento. Agora, que venham as oitavas de final, mas há boas notícias: parece que o Mestre encontrou de volta sua equipe.

* O Pool da Copa é a união de grandes veículos de comunicação do mundo para um esforço de troca de informações. O objetivo é manter seus leitores por dentro do que acontece com as seleções de outros países, porém, com uma visão local.

Montagem Lance!/El Observador
LANCE! e El Observador são parceiros no Pool da Copa

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