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Por que a geração belga já é histórica e está só a um passo de bater meta

Seleção atual repete feito de 1986, mas já tem campanha superior. Com 100% e melhor ataque da Copa, grupo colocou a final como objetivo quando o Mundial na Rússia começou

Brasil x Belgica
imagem cameraAFP
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Lance!
Enviado especial a Kazan (RUS)
Dia 06/07/2018
20:37
Atualizado em 07/07/2018
06:05

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A partir de agora, obviamente, a Bélgica tem como objetivo ser campeã do mundo pela primeira vez. Mas a meta colocada para a geração que muitos consideram como a melhor da história é, desde o inicio da Copa do Mundo, chegar à final, algo que também já será inédito para o país. A vaga na semifinal, último passo antes de realizar o sonho de jogar no Lujniki em 15 de julho, representa um feito que os belgas não conseguiam há 32 anos.

A última e única semi que a Bélgica disputou foi na Copa do Mundo de 1986, no México, onde a seleção perdeu por 2 a 0 para a Argentina, campeã naquele ano. A "promissora geração belga", expressão que virou motivo de piada entre brasileiros nos últimos anos, passou: a promissora agora é realidade.

A grupo de estrelas como Courtois, Kompany, De Bruyne, Hazard e Lukaku, atletas talentosos como Meunier e Witsel, e de outros controversos como Fellaini, é amada e também odiada pelos fãs de futebol. Goste ou não, estar em uma semifinal de Copa, para a Bélgica, significa um feito gigante. Não é um erro dizer que a geração era promissora em 2014 e virou realidade em 2018.

Ao lado de México e Suíça, a Bélgica é a seleção que chegou à Rússia com mais atletas com experiência na última Copa. São 15 no grupo de 23. Do time titular que perdeu por 1 a 0 da Argentina em Brasília, nas quartas de final, estiveram em campo na vitória por 2 a 1 sobre o Brasil: Courtois, Alderweireld, Vertonghen, Witsel, Fellaini, De Bruyne e Hazard. Sete jogadores. Lukaku, hoje titular, saiu do banco na eliminação há quatro anos. Criou-se casca. Os belgas não disputaram as Copas anteriores, de 2010 e 2006.

Vice-campeão da Eurocopa de 1980, a última geração de destaque da Bélgica teve nomes como o goleiro Pfaff, o lateral Eric Gerets, o meia Enzo Scifo e o polivalente Jan Ceulemans entre os mais badalados. O time do técnico Guy This terminou a Copa de 1986 na quarta colocação. Era até então a melhor campanha da história da seleção, feito agora já igualado por Hazard e cia.

O desempenho de 2018, no entanto, é muito acima. A Bélgica é a única seleção 100% da Copa, com cinco vitórias (Panamá, Tunísia, Inglaterra, Japão e Brasil). Tem o melhor ataque, com 14 gols, média de 2,8 por jogo. A geração dos anos 80 avançou na primeira fase com uma vitória sobre o Iraque, um empate contra o Paraguai e uma derrota para o México. Passou pela União Soviética por 4 a 3, na prorrogação, nas oitavas, e bateu a Espanha nos pênaltis nas quartas. O time atual só sofreu para valer na primeira eliminatória, diante do Japão, quando conseguiu uma histórica virada por 3 a 2 e classificou-se.

- Conseguimos algo muito bonito, que não é fácil. Estamos orgulhosos e faremos tudo para vencer a França. Estamos entre os quatro melhores. É a partida que todos vão ver, você vai querer fazer tudo. É raro na sua vida chegar longe numa Copa. Espero dar mais imagens bonitas da Bélgica - afirmou De Bruyne, o melhor jogador em campo na vitória contra o Brasil.

- Essa geração é especial. Eles nos deixam muito orgulhosos, é o momento de celebrar - disse o treinador espanhol, Roberto Martinez, invicto há dois anos.

Martinez assumiu a Bélgica após o fracasso na Eurocopa de 2016, quando o ex-atleta Marc Wilmots deixou o comando. Os belgas perderam por 3 a 1 para País de Gales, nas quartas de final. Courtois, Meunier, Alderweireld, Witsel, Hazard, De Bruyne e Lukaku estiveram em campo no fiasco há dois anos.

- Queremos alcançar a final da Copa do Mundo - disse Hazard, em 23 de junho, em Moscou, onde a Bélgica goleou a Tunísia por 5 a 2. Falta pouco! O local da próxima batalha é São Petesburgo, na terça, às 15h, contra a França.

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