Com a vaga às oitavas de final garantida e uma pequena possibilidade de não terminar em primeiro lugar no grupo, Fernando Santos fez a escolha certa ao preservar parte dos titulares na derrota por 2 a 1 contra a Coreia do Sul, mas o tiro quase saiu pela culatra, e tanto o técnico quanto os jogadores de Portugal precisam fazer uma reflexão antes do mata-mata da Copa do Mundo.
+ CR7 é o pior de Portugal na derrota de virada para a Coreia do Sul na Copa; veja notas
A primeira e principal lição que a fase de grupos mostrou é: a equipe não pode forçar jogo para Cristiano Ronaldo a todo momento. Sim, o craque tem um poder de decisão absurdo, mas já não é mais o mesmo, e contra os Tigres Asiáticos, ficou em impedimento três vezes e ‘matou’ quase todas as jogadas da seleção portuguesa.
Com uma das melhores gerações de sua história, Fernando Santos precisa saber lidar com os egos e dosar o protagonismo para que João Cancelo, Bernardo Silva e Bruno Fernandes tenham a mesma contribuição na partida que CR7.
+ Veja tabela e simule o mata-mata da Copa do Mundo no Qatar
Sobre João Cancelo, o jogo contra a Coreia do Sul evidenciou que o atleta do Manchester City deve ser o substituto natural de Nuno Mendes na esquerda, mas não por mérito próprio, e sim pela ótima atuação de Dalot pelo lado direito, que deu profundidade e cumpriu a função tática pedida por Fernando Santos.
Outro ponto de atenção para Portugal no mata-mata é o sistema defensivo, que se mostrou frágil especialmente pelo alto. Pepe demonstrou capacidade de ser titular, e a equipe sentiu falta da presença física de Danilo Pereira.
A derrota para a Coreia do Sul foi merecida pois Portugal criou poucas chances reais de gol e teve uma posse de bola ineficaz, sem penetrar a defesa adversária. Além disso, se mostrou frágil no contra-ataque e no jogo aéreo.
Fernando Santos e o grupo conseguiram o desejado dia extra para descanso e preparação. Agora, o treinador e os jogadores vão precisar se debruçar nos treinos para corrigir os erros, pois essa Copa do Mundo mostrou que as seleções consideradas ‘fracas’ estão compensando na tática, e a Suíça está longe de ser um adversário fácil para a seleção portuguesa.